Magnúncio Brandão e André Reis, os homens agredidos à porta da discoteca Urban Beach, relataram o episódio de violência vivido na madrugada de 1 de novembro.

Magnúncio, 26 anos, diz que foi esfaqueado numa perna.

«Nós fomos comer às roulotes e até estávamos a decidir se entrávamos ou não na discoteca. Foi aí que fomos abordados por cinco ou seis seguranças que disseram logo que estávamos ali para roubar clientes», conta ao Correio da Manhã, explicando que foi, de imediato, atirado ao chão e pontapeado na cabeça.

«Ao primeiro pontapé na cara, desmaiei», recorda Magnúncio. 

André, 20 anos, que estava com Magnúncio, explica que tentou intervir mas que foi também agredido pelo grupo de seguranças. É André que está no chão quando se vê um dos seguranças dar um salto e, a pés juntos, atingir a cabeça do jovem.

De acordo com o CM, os dois homens agredidos tiveram de receber assistência no hospital de São José, em Lisboa. Magnúncio levou oito pontos na perna e fraturou o nariz. Está de baixa laboral. André sofreu um hematoma grave na cabeça.

Discoteca temporariamente encerrada

 

O vídeo espalhou-se como fogo durante a quinta-feira, 2 de novembro. As imagens da agressão, partilhadas milhares de vezes nas redes sociais, já tiveram consequências práticas. O ministério da Administração Interna decretou o encerramento do Urban Beach durante seis meses e as autoridades estão já a investigar as agressões.

Só durante os últimos 11 meses foram feitas 38 queixas por alegadas práticas violentas ou atos de natureza discriminatória ou racista, todas passadas na discoteca fundada pelos irmãos Gonçalo e João Rocha.

Texto: Raquel Costa | Imagens: CMTV e SIC Notícias

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