Suíça promete continuar “importante trabalho” com PR Daniel Chapo

A Presidente da Confederação da Suíça, Viola Amherd, congratulou Daniel Chapo pela eleição como Presidente de Moçambique, prometendo continuar o “importante trabalho” que os dois países têm realizado em conjunto.

Suíça promete continuar

“A Suíça e a República de Moçambique têm uma longa história de excelentes relações bilaterais e cooperação. Ao ajudar a concretizar o Acordo de Maputo para a Paz e a Reconciliação Nacional de 2019, a Suíça reafirmou o seu compromisso com o processo de paz moçambicano e com a implementação de reformas de descentralização”, refere a mensagem da líder suíça, enviada ao Presidente moçambicano eleito.

Na missiva, Viola Amherd deseja “sucesso” a Daniel Chapo nas novas funções e assume o objetivo da Suíça de continuar o “importante trabalho” em conjunto, para “fortalecer a amizade profunda” entre ambos os países.

Pelo menos 2.500 pessoas são esperadas em 15 de janeiro, em Maputo, para a cerimónia de tomada de posse do novo Presidente em Moçambique, foi hoje anunciado.

“Os convites para organismos internacionais saíram hoje e esperamos ter confirmações na segunda-feira (…) Nós enviamos os convites para toda a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), para União Africana e para alguns chefes de Estado europeus”, incluindo Portugal, declarou a vice-presidente da Comissão Interministerial para Grandes Eventos, Eldevina Materula, a partir da Praça da Independência, onde a cerimónia vai ter lugar.

Em 02 de janeiro, o Conselho Constitucional (CC) de Moçambique fixou, oficialmente, o dia 15 de janeiro para a tomada de posse do novo Presidente da República, que sucede a Filipe Nyusi.

O CC, última instância de recurso em contenciosos eleitorais, proclamou Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 09 de outubro.

A sua eleição é, contudo, contestada nas ruas e o anúncio do CC aumentou o caos que o país vive desde outubro, com manifestantes pró-Venâncio Mondlane — candidato que segundo o Conselho Constitucional obteve apenas 24% dos votos mas que reclama vitória — em protestos a exigirem a “reposição da verdade eleitoral, com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que tem vindo a realizar disparos para tentar a desmobilização.

Segundo a vice-presidente da Comissão Interministerial para Grandes Eventos, a Polícia da República de Moçambique garantiu que o evento vai decorrer em segurança.

“As questões de segurança estão devidamente acuteladas. O Ministério de Interior garantiu”, frisou a responsável.

Confrontos entre a polícia e os manifestantes já provocaram quase 300 mortos e mais de 500 pessoas foram feridas a tiro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.

Além de Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), no percurso até à Ponta Vermelha (Residencial oficial do Presidente da República), Chapo enfrentou Ossufo Momade (que obteve 6,62%), líder e apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal força de oposição, e Lutero Simango (que teve 4,02%), suportado e presidente do Movimento Democrático de Moçambique.

 

PVJ // ANP

By Impala News / Lusa

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