Portugal oferece asilo a mulher e filho de ucraniano morto pelo SEF

Governo português concede asilo político a família do Ihor Homeniuk, o ucraniano morto por três inspetores do SEF no Aeroporto de Lisboa.

Portugal oferece asilo a mulher e filho de ucraniano morto pelo SEF

A Amnistia Internacional Portugal já tinha deixado o apelo para que fosse prestada ajuda à família de Ihor Homeniuk na fuga à Ucrânia. Agora, é o Governo português que garante asilo político à mulher e filhos do homem ucraniano que foi morto três inspetores do SEF no Aeroporto de Lisboa, em março de 2020.

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A garantia foi dada pelo gabinete da ministra Francisca Van Dunem a José Gaspar Schwalbach, o advogado que representa Oksana e os dois filhos menores, de 15 e 10 anos. “Uma vez que o menino não tem passaporte, colocou-se a hipótese de se deslocar a um consulado português na Polónia, onde seria emitido um salvo-conduto para ele, especificamente por ser menor e não ter documento de identificação, uma vez que a irmã e a mãe têm”, explica o advogado em declarações ao JN.

Mulher e filhos de Ihor Homeniuk vivem numa aldeia nos arredores de Lviv

A viverem perto de Lviv, a família está em segurança na aldeia. Ainda assim, Oksana deu ordem ao advogado para que desse início ao processo do pedido de autorização de residência temporária em Portugal. Até ao momento, Portugal conta já com mais de 600 pedidos de proteção temporária a refugiados ucranianos.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia. Com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países. O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho. Afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender. E garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional. A União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia. E o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

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