Tio matou quatro sobrinhos com golpes de martelo
Um homem de 39 anos matou quatro sobrinhos com um martelo na província angolana da Lunda Sul, alegadamente como retaliação aos constantes insultos de que era alvo da parte das irmãs da mulher, noticiou esta sexta-feira o Jornal de Angola.
Segundo a edição “online” do jornal estatal angolano, o incidente ocorreu terça-feira na comunidade de Sacandjindji, no bairro Candembe, acontecimento que chocou a localidade dos arredores de Saurimo, capital da Lunda Sul.
As vítimas, todas menores, com idades entre os quatro e 13 anos, são filhas das irmãs da mulher do suposto assassino, relata o jornal. Anabela Yuma e Maria Gouveia, mães das crianças, disseram ao Jornal de Angola que o presumível homicida atraiu as menores para o interior da sua casa, sob pretexto de lavarem a roupa, “como era costume”.
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“Frio e determinado, o homicida foi golpeando com um martelo as crianças, uma a uma, à medida que iam entrando para o quarto onde ocorreram as mortes, em obediência à chamada, tendo atingido diretamente nas cabeças e estas conhecendo morte imediata”, lê-se no texto da notícia.
Após a matança, prossegue o Jornal de Angola, o homem colocou os cadáveres das quatro crianças no interior de um de tambor vazio totalmente enferrujado e fugiu, tendo trancado a porta do quarto.
A vizinhança foi alertada pelo facto de ver jorrar sangue a partir do interior da casa, o que despertou a atenção, tendo, de imediato, comunicado a situação à Polícia Nacional angolana.
Fonte do Serviço de Investigação Criminal (SIC) confirmou a detenção do suspeito 72 horas depois do quadruplo assassínio, localizado na regedoria de Nanguanza, no bairro Cambandala, a cerca de 25 quilómetros de Saurimo, nas proximidades do rio Catximue.
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Após o suspeito ter escapado ao cerco montado numa das regedorias, a Polícia Nacional obteve a colaboração de “sobas” e regedores da região, que foram informados sobre as características físicas do foragido.
A Polícia Nacional vai agora efetuar a reconstituição dos crimes e proceder à entrega do suspeito aos órgãos de Justiça locais para o competente julgamento.
Ana Fonhi Dala, mulher do suspeito, disse ao Jornal de Angola que o ato aparentemente protagonizado pelo homem com quem viveu durante 15 anos é a consumação de várias promessas e ameaças feitas há vários anos, em reação aos insultos e à estigmatização de que era alvo na comunidade.
Segundo relato de testemunhas, o homicida não tinha filhos e os insultos que supostamente recebia da parte das mães das menores, bem como de outros membros da comunidade, estavam relacionados com a estigma e discriminação devido ao seu estado de infertilidade.
Natural do Moxico (sudeste de Angola), o cidadão é tem antecedentes, segundo as testemunhas.
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