Doze soldados mortos por rebeldes
Doze soldados iemenitas foram mortos num ataque dos rebeldes huthis a sul do porto de Hodeida, no oeste do Iémen, indicou uma fonte militar.
Fontes médicas perto de Hodeida, cidade controlada pelos rebeldes desde 2014, que as forças pró-governamentais tentam recuperar, confirmaram o balanço.
Cerca de 600.000 pessoas vivem em Hodeida, porto estratégico no Mar Vermelho através do qual a maioria da população do Iémen recebe alimentos e medicamentos.
As forças pró-Governo iemenita preparavam-se esta sexta-feira para atacar o aeroporto de Hodeida, disse uma fonte militar à agência France-Presse, no terceiro dia de uma ofensiva para expulsar os rebeldes da cidade portuária.
Na quinta-feira à noite, o chefe dos rebeldes xiitas, Abdel Malek al-Huthi, apelou aos seus combatentes para enfrentarem a ofensiva contra Hodeida, lançada na quarta-feira pelas forças leais ao Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, apoiadas pelas coligação militar internacional sob comando saudita.
Desde o início da ofensiva, 118 combatentes morreram nos confrontos, indicaram fontes das equipas de socorro sem precisar o balanço em cada um dos lados.
Esta operação militar, a mais importante lançada pelas forças lealistas desde 2015, faz temer uma interrupção da ajuda humanitária, essencial para a enfraquecida população de um país atingido pela “pior crise humanitária do mundo”, segundo a ONU.
“A batalha de Hodeida pode ter um impacto devastador sobre os civis, quer da cidade, quer do resto do Iémen”, advertiu Sarah Leah Whitson, diretora para o Médio Oriente da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW).
A responsável assinalou esta sexta-feira que “a coligação e as forças Huthis, que agora lutam por Hodeida, têm registos atrozes no cumprimento das leis da guerra”, exortando o Conselho de Segurança das Nações Unidas a alertar as partes de que enfrentarão sanções se impedirem o acesso dos civis à ajuda de que precisam.
LEIA MAIS: Número de mortos dos incêndios de outubro subiu para 50
O chefe da diplomacia iemenita, Khaled al-Yemani, tentou sossegar os receios internacionais de uma suspensão de ajuda, indicado que o objetivo das forças lealistas não era para já o porto de Hodeida.
“Não temos a intenção de destruir a infraestrutura” portuária, adiantou.
A guerra no Iémen já provocou cerca de 11.000 mortos desde 2014.
Siga a Impala no Instagram