O crime aconteceu no condomínio Vila Pacífica, Zango O, em Luanda, Angola, por razões ainda não esclarecidas. O sacerdote, porém, afirma ter sido “usado pelos espíritos”, noticia o jornal angolano O País, nesta quarta-feira. ato de reconstituição do crime, feito na terça-feira, 4 de outubro, na Vila Pacífica.

“Elias Neto chegou a chorar amargamente, tendo inclusive confessado o crime e acrescentado que não entende como foi parar à casa da mulher que matou”, descreve o diário angolano. Um dos agentes do Serviço de Investigação Criminal terá qualificado as lágrimas de Elias de “lágrimas de crocodilo”, “pela coragem que teve não apenas para matar a vítima, como de colocar o corpo numa ma-la de viagem e abandoná-la algures no município de Cacuaco.

A vítima, professora de 59 anos, “recebeu o acusado e a esposa e o filho de ambos para viverem com ela no seu apartamento”. Por razões não explicadas, a esposa do pastor “decidiu abandonar a casa, mas este permaneceu no local e a coabitar com a professora maritalmente”. Elias Neto, agora detido, diz não saber como a sua vida chegou até este extremo, já que tinha a sua esposa, de 21 anos, e um filho de meses.

O sacerdote afirma acreditar que, tal como alguns profetas já lhe disseram,é perseguido por espíritos. “As forças espirituais perseguem-me.” Terá ainda afirmado que só as pessoas espirituosas compreenderiam a sua ação. Mostra-se arrependido e acrescenta que apenas “queria ajudar a senhora a ter filhos”. Por isso relacionou-se com ela durante três meses e levou-a ao profeta “para o trabalho espiritual”.

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