Um homem de 59 anos, contratado para incendiar prédio devoluto, na Rua do Bonfim, no Porto, enganou-se no alvo e lançou fogo a outro edifício. Pelo serviço recebeu dois euros – valor que usou para comprar a gasolina para lançar as chamas. Após cometer o crime, garantiu ao contratante, de 26 anos, que já tinha executado o plano. Só mais tarde se apercebeu que havia destruído outro prédio, avaliado em quase meio milhão de euros. Os dois vão agora ser julgados.

Burlão queria eliminar provas

O crime foi cometido em 20 de maio de 2017. O objetivo do incêndio passava por destruir provas de que o mandante se dedicava a burlar pessoas na internet – com artigos informáticos que guardava no edifício. Agiu por suspeitar de que estaria iminente a sua detenção. Achava que ao lançar fogo ao edifício não haveria forma de ser condenado. No entanto, como o executante se enganou no alvo, os artigos que usava para as burlas acabaram por ser localizados e apreendidos. O burlão acabou por ser condenado a quatro anos e meio de prisão por burla qualificada e falsificação de documentos – lesou mais de cem pessoas em perto de 20 mil euros.

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