Peritos alertam para falta de preparação para enfrentar um tsunami no sudeste da Ásia
Um grupo de especialistas em prevenção de desastres naturais alertou hoje para a falta de preparação para lidar com catástrofes naturais em alguns países do sudeste asiático, quando se assinalam 17 anos do tsunami que afetou esta região.
Num simpósio, o professor Pennueng Wanichchai, chefe do departamento de mitigação do Ministério da Ciência da Tailândia, afirmou que existe a possibilidade de outro tsunami acontecer na região devido à carga acumulada nas placas tectónicas do Mar de Andaman, na costa da Tailândia.
Perante um cenário de um novo tsnunami, o especialista sublinhou ter dúvidas se toda a população que vive na zona costeira possa ser retirada a tempo devido à falta de planos de emergência e poucos exercícios de preparação para outro desastre natural.
Há alguns anos, um alerta de tsunami na ilha tailandesa de Phuket, que foi posteriormente desativado, mostrou que muitas boias de alerta pararam de funcionar tal como aconteceu no tsunami de 26 de dezembro de 2004, quando uma onda gigante varreu a costa leste da Tailândia e provocou mais de 8.000 mortos. A onda gigantesca de há 17 anos foi causada por um terremoto de magnitude 9,1 com epicentro ao norte da ilha indonésia de Sumatra.
Este tsunami causou cerca de 230.000 mortes numa dúzia de países no Oceano Índico, sendo a maioria deles na parte norte da ilha indonésia de Sumatra, onde cerca de 170.000 pessoas morreram. Os habitantes da província de Aceh, a mais afetada pelo tsunami de 2004, realizaram hoje uma cerimónia religiosa em memória das vítimas.
O especialista tailandês frisou também que 17 anos depois da tragédia, que praticamente apagou as populações da costa tailandesa, hotéis e cidades densamente habitadas recuperaram o seu espaço original. No entanto, o professor tailandês Pasakorn Panon, da Universidade de Kasetsart, destacou que a não deteção de um hipotético tsunami na Tailândia ou em outro país da região colocaria em risco toda a zona.
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