Oscar Pistorius vai continuar preso pela morte da namorada
O ex-campeão paralímpico sul-africano Oscar Pistorius, que matou a namorada com quatro tiros em 2013, viu o seu pedido para ficar em liberdade condicional negado.
Oscar Pistorius, ex-campeão paralímpico sul-africano que em 2013 matou a namorada com quatro tiros, vai continuar preso. O antigo atleta viu, esta sexta-feira, o seu pedido para ficar em liberdade condicional negado. “Fomos… avisados neste momento que a liberdade condicional foi negada e será considerada novamente dentro de um ano”, disse a advogada da família da vítima, à AFP.
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A lei da África do Sul contempla que um condenado possa, uma vez decorrida metade da pena, beneficiar de um ajuste da mesma. Que se traduz numa eventual libertação sob forma condicional.
Pistorius, de 36 anos e amputado de ambas as pernas, foi condenado em segunda instância a 13 anos e cinco meses de prisão em novembro de 2017. O que significa que está elegível para liberdade condicional desde julho de 2021.
“Não acredito que o Oscar esteja com remorsos… ou reabilitado”
O tema foi discutido por uma comissão a 30 de março. Os temas em análise foram o comportamento no período de detenção, estando físico e mental e ainda o risco de reincidência. Este processo teve início há mais de um ano e contou com uma reunião com os pais da vítima, que se revelaram chocados com a hipótese de libertação do assassino.
Foi na noite de 13 para 14 de fevereiro de 2013 que Pistorius baleou a namorada, Reeva Steenkamp, de 29 anos, com quatro tiros. Os disparos foram feitos através da porta da casa de banho. E o atleta justificou o ato com a ideia de que seria um ladrão.
O ex-campeão paralímpico sul-africano admitiu estar arrependido por matar a namorada, mas continua a afirmar que a matou por engano. “Não acredito. Não acredito que o Oscar esteja com remorsos… ou reabilitado”, disse a mãe da vítima, esta sexta-feira de manhã.
Oscar Pistorius ficou para a história como o primeiro atleta paralímpico a competir com atletas que não eram portadores de qualquer deficiência. Algo que aconteceu na prova de 400 metros dos Jogos Olímpicos Londres 2012.
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Texto: Inês Neves; Foto: DR
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