Novo presidente da Proteção Civil assume como prioridade reorganização dos corpos de bombeiros

O novo presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil assumiu hoje como prioridade a reorganização operacional dos corpos de bombeiros e admitiu avaliar a atual divisão territorial do sistema, que deixou de ser distrital há dois anos.

Novo presidente da Proteção Civil assume como prioridade reorganização dos corpos de bombeiros

“Recorrendo ao programa do Governo e à missão da Autoridade Nacional compete-nos executar a política de proteção civil emanada pelo Governo, sendo a reorganização do setor operacional dos corpos de bombeiros uma prioridade que desde já assumimos”, disse José Manuel Moura que hoje tomou posse como presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

José Manuel Moura destacou também outros objetivos do seu mandato, como “a formação qualificada dos agentes”, que considerou ser um “fator crítico de sucesso e determinante para o setor” da proteção civil.

O novo presidente da ANEPC sublinhou que “a coerência territorial ou a falta dela é os agentes de proteção civil não estarem todos alinhados na mesma divisão administrativa”.

Questionado sobre se esta declaração significa que os comandos distritais de operações e socorro (CDOS) irão ser reativados, José Manuel Moura respondeu que esse “é um assunto que vai ser abordado e analisado”, sem avançar mais pormenores.

Em janeiro de 2023, os 18 comandos distritais de operações e socorro (CDOS) acabaram e foram substituídos por 24 comandos sub-regionais de emergência e proteção civil.

O fim dos 18 CDOS e a criação de 24 comandos sub-regionais, cuja circunscrição territorial corresponde ao território de cada comunidade intermunicipal, estava previsto na lei orgânica da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, que entrou em vigor em abril de 2019.

A atual estrutura regional e sub-regional da proteção civil integra os comandos regionais do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, e os 24 comandos sub-regionais de emergência e proteção civil, sendo os únicos agentes que não têm uma estrutura distrital.

José Manuel Moura disse ainda esperar que “daqui a 10 anos a prevenção estrutural e a consequente alteração da paisagem, associada a um componente preventivo, possam dar sinais mostrando evidencias das ações ou ambições” daquilo que se está ou devia estar a fazer hoje.

Comandante operacional nacional de operações de socorro da ANEPC entre 2012 e 2017, José Manuel Moura substitui Duarte Costa que estava no cargo desde 2020.

A cerimónia de tomada de posse do novo presidente da ANEPC decorreu no Ministério da Administração Interna e foi presidida pelo primeiro-ministro, Luis Montenegro.

Além de ter sido comandante nacional, José Manuel Moura é um perito internacional certificado pelo Mecanismo Europeu de Proteção Civil e pelas Nações Unidas, foi comandante do CDOS de Leiria entre 2024 e 2012 e participou na comissão técnica independente criada pela Assembleia da República para analisar os incêndios de 2017.

CMP // JMR

By Impala News / Lusa

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