Morreram 642 pessoas nas estradas em 2023, mais 163 do que apontado inicialmente
Em 2023, morreram nas estradas portuguesas 642 pessoas, 163 das quais nos 30 dias seguintes ao acidente, admitindo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) que a sinistralidade no continente está a regressar aos níveis pré-covid-19.
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Inicialmente, tinham sido contabilizadas, tendo em conta apenas os óbitos registados no local do acidente ou a caminho do hospital, 479 vítimas mortais, o que significa que morreram mais 163 pessoas do que apontado inicialmente após o registo de mortos a 30 dias em consequência de acidentes rodoviários.
Segundo o Relatório Anual de 2023 da Sinistralidade a 30 dias, só hoje divulgado pela ANSR, em 2023 registaram-se 36.595 acidentes com vítimas, dos quais resultaram ainda 2.500 feridos graves e 42.873 ligeiros.
Os números são inferiores aos que tinham sido indicados anteriormente: 2.646 feridos graves e 42.890 ligeiros.
“Comparativamente a 2022, registaram-se acréscimos em todas as métricas: mais 2.319 acidentes com vítimas (+6,8%), mais 24 vítimas mortais (+3,9%), mais 198 feridos graves (8,6%) e mais 2.759 feridos leves (+6,9%)”, lê-se no documento.
A ANSR ressalva que face a 2019, ano definido pela Comissão Europeia como referência “para efeitos da avaliação da evolução da sinistralidade rodoviária durante a presente década”, se verificou uma redução, com menos 656 acidentes (-1,8%), menos 46 mortos (-6,7%) e menos 2.061 feridos ligeiros (-4,6%).
Em contraciclo, houve mais 117 feridos graves de 2019 para 2023 (+ 4,9%).
Em Portugal continental, o número (2.308) foi o mais elevado da última década.
“Efetivamente, os dados de 2023 mostram um retorno aos níveis pré-pandemia, mas com maior gravidade dos acidentes, refletida no aumento de feridos graves”, reconhece a ANSR.
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By Impala News / Lusa
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