Ministério Público acusa homicida de Bruno Candé de ódio racial
Investigação da Polícia Judiciária foi capaz de provar que existiu motivação racial no assassinato de Bruno Candé. Homicídio ocorreu a 25 de julho de 2020
O Ministério Público acusou esta terça-feira, 19 de janeiro, o homem de 76 anos que matou Bruno Candé na rua, em Lisboa, de homicídio qualificado, agravado por ódio racial.
Em causa está o assassinato do ator de 39 anos, Bruno Candé Marques, a 25 de julho do ano passado. O crime teve lugar na Avenida de Moscavide, em Loures, passava pouco da uma da tarde. Foi alvejado com quatro tiros disparados à queima-roupa por um homem de 76 anos, antigo auxiliar de limpezas de um hospital.
“Vai para a tua terra, preto!”, “Tens toda a família na senzala e devias também lá estar”, “Fui à c*** da tua mãe e daquelas pretas todas! Eu violei lá a tua mãe”, “Anda cá que levas com a bengala, preto de m****” foram as expressões dadas como provadas pelo Ministério Público.
De acordo com a investigação da Polícia Judiciária e titulada pelo DIAP de Lisboa, foram identificados vários indícios fortes de que o crime teve motivação racial.
No dia do assassinato, a família de Bruno Candé emitiu um comunicado alertando que o crime tinha tido motivações raciais. “O assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes, proferindo vários insultos racistas”, sendo “evidente o caráter premeditado e racista deste crime”.
O homicida encontra-se em prisão preventiva, indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e detenção de arma ilegal.
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