Incêndio na região de Atenas já devastou 10.000 hectares e matou uma pessoa
O incêndio que há mais de dois dias atinge localidades a norte de Atenas já devastou mais de 10.000 hectares e provocou uma vítima mortal, uma mulher de 62 anos que faleceu numa fábrica consumida pelas chamas.
O corpo foi localizado no interior de uma fábrica em Vrilissia, nos arredores da capital grega, depois de o incêndio que atinge a região da Ática ter começado no domingo nas imediações do Lago Maratona e ter alastrado, destruindo também várias casas.
O serviço de vigilância da União Europeia (UE) elevou o número de hectares ardidos para mais de 10.000.
Na segunda-feira, a UE tinha anunciado a mobilização de recursos aéreos e terrestres para ajudar nas tarefas de extinção do incêndio, depois de as autoridades gregas terem ativado o Mecanismo de Proteção Civil da comunidade.
Para além da morte registada, 66 pessoas e ainda cinco bombeiros ficaram feridos, segundo fontes oficiais.
O presidente da Câmara de Halandri, Simos Roussos, disse à televisão pública grega ERT que viu cerca de 10 casas destruídas pelo incêndio.
Como a maioria das fábricas queimadas continha produtos químicos tóxicos, o Ministério do Trabalho grego ordenou a suspensão temporária do trabalho ao ar livre na região.
A maior parte da capital esteve coberta por um fumo acre durante dois dias consecutivos e os cientistas relataram um aumento alarmante de partículas perigosas transportadas pelo ar, especialmente durante a noite, de domingo para segunda-feira.
O incêndio afetou as cidades suburbanas de Nea Penteli, Palaia Penteli, Patima Halandriou e Vrilissia, de onde fugiram milhares de pessoas.
Alimentado por ventos fortes, o fogo transformou-se numa frente de chamas com 30 quilómetros de comprimento e mais de 25 metros de altura em alguns pontos.
Hoje, a temperatura deverá rondar os 38 graus Celsius em Atenas, com ventos de 39 quilómetros por hora, informou o Observatório Nacional da Grécia.
Na capital grega, os residentes que usavam máscaras para se protegerem do fumo sufocante pulverizavam água nas suas casas, na esperança de as tornar menos vulneráveis às chamas.
RJP // JH
By Impala News / Lusa
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