Homem que se fez passar por polícia para violar mulher fica em prisão preventiva

Homem retirou cartão SIM do telemóvel da vítima após terem relações sexuais.

Homem que se fez passar por polícia para violar mulher fica em prisão preventiva

O Juízo de Instrução Criminal de Portimão decretou a prisão preventiva de um homem que se fez passar por polícia e que está indiciado pelos crimes de violação, detenção de arma proibida e dano, foi hoje anunciado. Segundo um comunicado da Procuradoria da República da Comarca de Faro, o tribunal fez um primeiro interrogatório do arguido, detido na quinta-feira, e aplicou a medida de coação pedida pelo Ministério Público, estando a detenção do homem de 48 anos, assim como a investigação do caso, a cargo do Departamento de Investigação Criminal de Portimão da Polícia Judiciária.

A procuradoria explica que, “em junho de 2022, cerca das 21h30, o detido telefonou a uma mulher de 35 anos, estrangeira, que se dedicava à prostituição, e nessa sequência combinou com ela um encontro numa casa sita em Portimão”, no distrito de Faro.

Homem retirou cartão SIM do telemóvel da vítima após terem relações sexuais

Em seguida, no interior de um quarto, o detido identificou-se como sendo polícia, exibiu uma pistola e algemas, apoderou-se dos documentos de identificação da mulher e com recurso a uma almofada para carimbos colheu as impressões digitais da vítima, as quais estampou num impresso com o logótipo do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Depois, teve sexo com a mulher e “retirou-lhe o cartão SIM do telemóvel, partiu-o e disse-lhe que deveria manter silêncio porque o que fazia era crime”, acrescentando que “se mantivesse com ele relações sexuais não a entregaria ao SEF”.

A Procuradoria da República da Comarca de Faro informa ainda que o detido trabalha na restauração e que a vítima “acedeu ao propósito do detido com medo que este a denunciasse às autoridades judiciárias”. A Polícia Judiciária (PJ) já tinha revelado na quinta-feira a detenção deste homem “por suspeitas de violação e outros crimes que terão ocorrido no final de junho”. Em comunicado, a PJ adiantou que o detido é suspeito de “violação, detenção de arma proibida, usurpação de funções, abuso de designação, sinal ou uniforme e dano”, crimes que tiveram lugar num apartamento onde a vítima se encontrava.

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