Grupo de 8 encapuzados ataca barbaramente jovem homossexual

Um jovem, de 20 anos, foi alvo de um ataque homofóbico no centro de Madrid. Oito pessoas encapuzadas e munidas de armas brancas agrediram-no, chamaram-no maricas e inscreveram-lhe essa mesma palavra nas nádegas.

Grupo de 8 encapuzados ataca barbaramente jovem homossexual

Um jovem, de 20 anos, foi alvo de um ataque homofóbico, na tarde deste domingo, no centro de Madrid, Espanha. Oito pessoas encapuzadas e munidas de armas brancas agrediram-no, chamaram-no de maricas e inscreveram-lhe essa mesma palavra nas nádegas. De acordo com o relato do jovem, tudo começou por volta das 17h15, quando estava a caminho de casa. Foi encurralado por um grupo de oito pessoas e agredido e fisicamente. Durante as agressões, os suspeitos chamaram-no de “maricas” e “asqueroso”  e posteriormente marcaram a palavra “maricas” nas nádegas da vítima.

As autoridades afirmam que esta foi a primeira denúncia que tiveram de um ataque desta natureza, por ter ocorrido durante o dia e os autores serem oito pessoas com as identidades escondidas. “É a primeira agressão deste tipo de que temos provas”, sublinham. Como dá conta  Rubén López, coordenador do Observatório de Madrid contra a LGBTfobia, inicialmente pensou-se que estas agressões não teriam motivações homofóbicas. “Estamos incrédulos, num primeiro momento não acreditámos que fosse um ataque homofóbico, pensámos que poderia ser um ajuste de contas ou algo do género”.

Primeiro-ministro espanhol já reagiu

O observatório conta já com 103 denúncias de agressões homofóbicas só neste ano, em Madrid. “Houve uma diminuição dos casos, mas o número é irreal, pois as agressões ocorrem maioritariamente à noite e agora não saímos [devido à pandemia]”, refere Ruben López.

“A nossa sociedade não tem espaço para o ódio. Condeno este ataque homofóbico. Não o vamos permitir. Iremos continuar a trabalhar para um país aberto e diverso, onde ninguém tenha medo de ser quem é,” escreveu o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, na sua conta do Twitter.

Já nesta terça-feira, 7 de setembro, o executivo convocou uma reunião de urgência de uma comissão de seguimento do plano de luta contra os delitos de ódio. Segundo informou a porta-voz de Pedro Sanchéz, Isabel Rodríguez, o chefe do executivo quer “liderar pessoalmente” esta matéria e irá participar no encontro convocado para esta sexta-feira.

Outros partidos, como o “Más Madrid”, também reprovaram este e outros ataques, pedindo para que se convoque uma reunião com o Conselho LGBT no parlamento. Santiago Rivero, deputado socialista da assembleia de Madrid e ex-vice-presidente do Coletivo LGBT de Madrid – associação que convocou uma manifestação para sábado contra este e outros ataques homofóbicos -, também se pronunciou. “Condenamos esta agressão, que é uma aberração, e exigimos que a Comunidade de Madrid não mude as leis regionais que temos porque são feitas justamente para evitar este tipo de situações”.

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