Erro humano poderá ter originado queda de avião
Os investigadores falam na possibilidade de os pilotos não terem ligado o aquecimento do equipamento de medição de velocidade do aparelho
Um erro humano poderá ter sido a causa do acidente com o avião que se despenhou perto de Moscovo, segundo investigadores, que indicam a possibilidade de os pilotos não terem ligado o aquecimento do equipamento de medição de velocidade.
O aparelho, um Antonov An-148 das linhas aéreas Saratovskie Avialinii, despenhou-se no domingo passado nos arredores de Moscovo, o que provocou a morte das 71 pessoas a bordo.
O avião, com destino à cidade de Orsk, no sul dos montes Urais, tinha saído de Moscovo às 14:21 locais (11:21 em Lisboa) e, após descolar, desapareceu dos radares e despenhou-se entre as localidades de Arguntsevo e Stepanovo, na província da capital russa.
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Após terem feito uma análise preliminar da caixa negra do avião, os especialistas do comité de aviação russo afirmaram que o acidente ocorreu depois de os pilotos terem visto dados diferentes nos dois indicadores de velocidade do aparelho.
“A análise preliminar da informação gravada e o exame de casos semelhantes no passado nos permitem supor que o fator que causou a situação extraordinária durante o voo foi o erro de dados sobre a velocidade que apareceu nos painéis dos pilotos”, refere o comité em comunicado.
Os dados erróneos devem-se ao congelamento dos sensores de velocidade, de acordo com os dados extraídos pelos investigadores da análise das ‘caixas negras’ recuperadas no lugar do acidente.
Segundo o comité, o estudo das gravações dos parâmetros de voo mostrou que os sistemas de aquecimento dos três medidores de pressão totais, que informam os pilotos da velocidade do avião, foram desligados.
Os dados do gravador indicam que as divergências entre os indicadores de velocidade do piloto e o copiloto começaram a ocorrer dois minutos e 30 segundos após a descolagem.
“Antes da colisão com o solo, o indicador no painel de comando começou a mostrar um aumento repentino da velocidade, que no momento da colisão era de cerca de 800 quilómetros por hora, enquanto a do copiloto era igual a zero”, adianta o comité em comunicado.
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Os especialistas terão agora de estudar as gravações do gravador de voz para verificar as ações dos pilotos e suas reações ao alarme de colisão.
Além disso, uma análise abrangente do sistema de aquecimento dos medidores de pressão deste modelo de aeronave será realizada para estabelecer que tipo de falhas pode apresentar.
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