Dezenas de veículos participaram em marcha lenta para exigir fim de portagens na A22

Cerca de duas dezenas de veículos participaram hoje numa marcha lenta na Estrada Nacional 125, entre as cidades de Portimão e de Lagos, no Algarve, em protesto contra a cobrança de portagens na Via Infante de Sagres (A22).

Dezenas de veículos participaram em marcha lenta para exigir fim de portagens na A22

Cerca de duas dezenas de veículos participaram hoje numa marcha lenta na Estrada Nacional (EN) 125, entre as cidades de Portimão e de Lagos, no Algarve, em protesto contra a cobrança de portagens na Via Infante de Sagres (A22).

Promovida pelo movimento cívico Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI), a marcha lenta teve início por volta das 16:30, em Portimão, percorrendo a EN125 até à cidade de Lagos, numa distância de cerca de 20 quilómetros, em cerca de hora e meia, acompanhada de perto pela Guarda Nacional Republicana.

Em cartazes colocados nas viaturas podia ler-se: “EN125 estrada da morte? O cemitério do Algarve”, “Suspensão das portagens” e “6 anos a destruir o Algarve”.

O protesto, em que participaram cerca de 50 pessoas, foi encabeçado pelo deputado do Bloco de Esquerda (BE) eleito pelo círculo de Faro, João Vasconcelos, um dos rostos do movimento cívico que exige a revogação das portagens na A22, desde a sua implementação em 2011.

Em declarações aos jornalistas, João Vasconcelos sublinhou que a marcha lenta “é a continuidade da luta iniciada há seis anos e, pretende chamar à responsabilidade os dirigentes políticos”, nomeadamente o primeiro-ministro António Costa.

“É preciso que o primeiro-ministro cumpra as promessas eleitorais que fez, de acabar com as portagens na Via do Infante”, recordou o deputado bloquista.

João Vasconcelos defende o fim das portagens na A22, uma ex-scut (autoestrada sem custos para o utilizador), como forma de “reduzir os acidentes na EN125, uma estrada que foi requalificada, embora continue com um elevado nível de sinistralidade”.

“O Algarve não aguenta mais e esta tragédia que se verifica na EN125 tem de ser travada”, frisou João Vasconcelos, recordando que aquela estrada regista mais de 10 mil acidentes anualmente.

“É um número elevadíssimo que é preciso travar”, defendeu Vasconcelos, sublinhando que “só nas últimas 48 horas registaram-se vários acidentes com o registo de quatro mortos” naquela via que atravessa o Algarve.

O deputado e dirigente do BE da concelhia de Portimão, assegurou que o movimento cívico “vai continuar os protestos, até que as suas pretensões sejam atendidas ou seja, até que sejam revogadas as portagens na Via do Infante”.

 

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