Nanci Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, confirmou, esta terça-feira, 24 de setembro, um processo de destituição contra Donald Trump.

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A representante da Câmara do Representantes fez o anúncio após o fim da reunião à porta fechada com os congressistas democratas. «Ninguém está acima da lei», disse. Em causa está a alegada tentativa de Trump em pressionar o presidente ucraniano Vladimir Zelenski a investigar o antigo vice-presidente Joe Biden e o seu filho Hunter Biden, durante uma conversa telefónica entre os dois chefes de Estado, tal como avançou o The Washington Post.

Pelosi afirmou ainda que as ações do presidente são «uma traição do juramento, uma traição à segurança nacional e à integridade das eleições».

Trump reage: «Assédio presidencial»

Donald Trump usou o Twitter para reagir à decisão dos democratas. «Um dia tão importante nas Nações Unidas, tanto trabalho e tanto sucesso, e os democratas tinham que, propositadamente, arruinar isto com notícias da caça às bruxas. Tão mau para o nosso país», referiu.

Such an important day at the United Nations, so much work and so much success, and the Democrats purposely had to ruin and demean it with more breaking news Witch Hunt garbage. So bad for our Country!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 24 de setembro de 2019

Num outro Tweet, Donald Trump que se trata de «assédio presidencial».

PRESIDENTIAL HARASSMENT!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 24 de setembro de 2019

 

Trump aceita divulgar conversa com presidente ucraniano

Após a decisão de Nanci Pelosi, Trump aceitou divulgar o conteúdo da conversa com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. «Estou na Organização das Nações Unidas (ONU), onde represento o nosso país, mas autorizei a publicação amanhã (quarta-feira) da transcrição completa (…) da minha conversa telefónica com o presidente ucraniano», escreveu, no Twitter.

O antigo vice-presidente de Barack Obama disse à AFP que «vai instar Trump a cooperar com todas os pedidos legais de informação que estão suspensos, sobre a questão ucraniana e outros inquéritos». E acrescenta que se o atual presidente dos Estados Unidos «não se conformar, o Congresso não vai ter outra escolha senão lançar o professo de destituição».

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