Durante os dias em que esteve desaparecido com o filho em Grândola, o arquiteto e designer alemão Clemens Weisshaar contactou várias vezes a ex-mulher e mãe da criança, a estilista inglesa Phoebe Arnold. Ameaçou-a de que, caso ela não voltasse atrás com a ideia do divórcio – o casal separara-se em julho após várias situações de violência doméstica – faria mal a Tasso, o filho de ambos, de 3 anos. De acordo com o Correio da Manhã, que cita fonte policial, a mulher recebeu um email ameaçador: “Começou agora o teu inferno.” As ameaças prolongaram-se durante três dias (até dia 4) e depois 2só silêncio”.

A mulher entregou o menino para passar o fim de semana com o pai no dia 29 de outubro e o homem deveria ter devolvido a criança a 31. Não o fez e a estilista acabou por apresentar, logo no dia 1 de novembro, queixa na GNR de Grândola. Perante o conflito entre os pais e os contactos ameaçadores, de imediato começaram as buscas pelos dois. Os corpos foram encontrados apenas na manhã deste domingo, numa zona de mato. O menino estava carbonizado no carro e Clemens no exterior, junto com uma arma.

Estilista não queria que pai e filho perdessem contacto

Fonte policial avança que o casal vivia de forma “tumultuosa” e em “conflito parental” pela guarda de Tasso. Amigos de Phoebe dizem que o homem só queria a guarda do filho para se vingar da ex-mulher. No final de 202, o casal refugiou-se na zona de Grândola durante o confinamento. Com eles viveria uma ama que os acompanhou desde Londres. A mulher – portuguesa – terá presenciado situações de violência doméstica do arquiteto contra a estilista e que levaram à separação do casal em julho passado. Agora a viver em Lisboa, Phoebe queria que pai e filho “não perdessem o contacto”.

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