WWF Portugal aponta restauro da natureza como um investimento com retorno garantido
Quando falamos de restauro da natureza, falamos de devolver vida a solos exaustos, limpar rios poluídos, recuperar florestas degradadas e apoiar práticas agrícolas que regeneram em vez de esgotar.

“Durante muito tempo, olhar para a natureza foi quase sempre um exercício de extração: o que podemos tirar, o que podemos produzir, quanto conseguimos lucrar. Mas há uma nova forma de ver o território que está a ganhar força – e que pode ser a chave para o nosso futuro coletivo”, aponta a diretora Executiva da WWF Portugal. Ângela Morgado sinaliza que “restaurar a natureza não é um capricho ambiental” e que é, aliás, “cada vez mais, um investimento com retorno garantido”. “Por cada euro investido no restauro ecológico, podemos ter um retorno de 8 a 38 euros”, garante.
Quando falamos de restauro da natureza, “falamos de devolver vida a solos exaustos, limpar rios poluídos, recuperar florestas degradadas e apoiar práticas agrícolas que regeneram em vez de esgotar. Tudo isto, acrescenta, “mais do que gastar dinheiro com o ambiente, é investir na base de tudo o que sustenta a nossa economia e o nosso bem-estar”. “Pensemos, por exemplo, na água. Em muitas regiões do País, a escassez já é uma realidade.”
Por isso, assinala Ângela Morgado, “se restaurarmos as zonas ribeirinhas, para além de protegermos as nascentes e os aquíferos, estamos a garantir que há água disponível – para consumo, para a agricultura, para a indústria e para o turismo”. “Os ecossistemas funcionam como uma infraestrutura natural que armazena, filtra e distribui esse recurso vital. Ignorar isso tem um custo e pagar por ele sai sempre mais caro“, garante, no artigo de opinião que assina no Portal de Notícias do Grupo Impala.
Siga a Impala no Instagram