Zelensky pede “resposta global firme” após ataque a estação de comboios

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou a uma “resposta global firme” à Rússia após o ataque à estação ferroviária em Kramatorsk, que provocou a morte a pelo menos 52 pessoas.

Zelensky pede

“Este é outro crime de guerra russo pelo qual todos os envolvidos serão responsabilizados”, disse Zelensky numa mensagem de vídeo, referindo-se ao ataque com mísseis à estação de comboios, esta sexta-feira, que matou pelo menos 52 pessoas, incluindo oito crianças, de acordo com as autoridades locais. “As potências mundiais já condenaram o ataque da Rússia a Kramatorsk. Esperamos uma forte resposta global a este crime de guerra”, afirmou Zelensky, citado pela AFP.

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O Presidente ucraniano precisou ainda que tal como “nos massacres em Bucha, como em muitos outros crimes de guerra russos, o ataque com mísseis em Kramatorsk deve ser uma das acusações que devem ser levadas a tribunal”. Apesar de a estação estar localizada num território controlado pelo governo ucraniano, no Donbass, a Rússia acusou a Ucrânia da autoria do ataque, refere a Associated Press. Especialistas ocidentais rejeitaram, contudo, as afirmações do porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, de que as forças russas “não usam” o tipo de míssil que atingiu a estação de comboios.

Imagens em direto da Guerra na Ucrânia

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior. A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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