Ucrânia: Von der Leyen “chocada e horrorizada” com ataques russos
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou-se hoje “chocada e horrorizada” com os ataques russos a cidades ucranianas, que fizeram pelo menos dez mortos.
“Chocada e horrorizada com os ataques perversos a cidades ucranianas. A Rússia de Putin mostrou novamente ao mundo o que representa: brutalidade e terror”, escreveu a chefe do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, na sua conta na rede social Twitter.
“Sei que os ucranianos se mantêm fortes”, considerou, reiterando que a União Europeia (UE) “irá apoiar a Ucrânia enquanto for preciso, com todos os meios que tivermos”. A Rússia bombardeou hoje várias regiões ucranianas, como Kiev (a capital), Lviv, Khmelnytskiy, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, desencadeando “uma manhã muito dura” no país, como afirmou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Segundo Zelensky, os ataques foram feitos com recurso a armamento iraniano. O último balanço dos bombardeamentos dá conta de pelo menos dez mortos e 60 feridos em Kiev. Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, a Rússia utilizou 83 mísseis e 17 drones de fabrico iraniano nos bombardeamentos.
De acordo com um porta-voz da força aérea ucraniana, citado pelo jornal Kyviv Independent, 43 dos mísseis lançados foram abatidos pelas defesas anti-aéreas ucranianas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas. A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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