Ucrânia: Negociadores acordam cessar-fogo temporário e localizado para saída de civis
Negociadores russos e ucranianos disseram que na reunião foi acordado um cessar-fogo temporário nos locais onde estão estabelecidos corredores humanitários para a saída de civis na Ucrânia.
Negociadores russos e ucranianos disseram que na reunião foi acordado um cessar-fogo temporário nos locais onde estão estabelecidos corredores humanitários para a saída de civis na Ucrânia. O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podoliak informou que foi alcançado um acordo para um cessar-fogo temporário por motivos humanitários nas negociações de hoje com a Rússia.
“As partes chegaram a um entendimento sobre a criação conjunta de corredores humanitários com um cessar-fogo temporário”, disse Podoliak, através do serviço de mensagens Telegram.
“Ou seja, não há cessar-fogo em todos os lugares, mas apenas naqueles onde os corredores humanitários estarão localizados. Será possível um cessar-fogo durante a operação”, explicou o negociador ucraniano, acrescentando que a sua delegação “não obteve os resultados esperados” e que “continuará o diálogo numa terceira ronda de negociações”.
Por sua vez, o negociador-chefe russo, Vladimir Medinski, sublinhou que as delegações chegaram a um entendimento mútuo sobre várias matérias. “As posições são absolutamente claras. Estão divididas por pontos. Em parte delas conseguimos um entendimento mútuo”, reconheceu Medinksi.
Esta segunda ronda de negociações entre a Rússia e a Ucrânia sobre a invasão russa decorreu em Belovezhskaya Pushcha, na região bielorrussa de Brest, perto da fronteira polaca.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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