Ucrânia: Kiev pede que Rússia seja privada de voto no Conselho de Segurança da ONU

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teve uma conversa telefónica com secretário-geral da ONU, António Guterres, que lhe prometeu reforçar a ajuda humanitária.

Ucrânia: Kiev pede que Rússia seja privada de voto no Conselho de Segurança da ONU

O Presidente da Ucrânia pediu que seja retirado à Rússia o direito de voto no Conselho de Segurança da ONU, numa conversa telefónica com o secretário-geral da organização, que lhe prometeu reforçar a ajuda humanitária. Volodymyr Zelensky discutiu com António Guterres a questão de “privar o país agressor (a Rússia) do seu direito de voto no Conselho de Segurança da ONU”, disse a presidência ucraniana através da rede social Twitter. Os dois líderes também discutiram a possibilidade de “considerar as ações e declarações da Rússia contra da Ucrânia como genocídio”.

Num comunicado sobre a conversa com Zelensky, António Guterres disse que lhe manifestou “a determinação da ONU em reforçar a ajuda humanitária ao povo ucraniano”. O secretário-geral da ONU “informou o Presidente (ucraniano) de que as Nações Unidas iriam lançar um apelo na terça-feira para financiar operações humanitárias (da organização) na Ucrânia”, refere o comunicado. A Ucrânia enfrenta uma invasão militar lançada por Vladimir Putin desde quinta-feira, com bombardeamentos e combates em várias cidades, incluindo a capital ucraniana, Kiev.

China, Índia e Emirados Árabes Unidos abstiveram-se

A comunidade internacional condenou amplamente a ofensiva militar russa e vários países, com destaque para os ocidentais, anunciaram sanções económicas contra Moscovo. Na sexta-feira, a Rússia, que é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, tendo por isso direito de veto, foi o único país a votar contra uma resolução que condenava a sua “agressão” e exigia a retirada das suas tropas da Ucrânia. Entre os 15 membros do conselho, registaram-se ainda três abstenções, da China, Índia e Emirados Árabes Unidos.

 

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