Ucrânia: Austrália envia veículos blindados para Kiev
A Austrália enviou o primeiro de 20 veículos blindados Bushmaster para a Ucrânia, uma semana após o Camberra ter anunciado um reforço da ajuda a Kiev na guerra contra a Rússia
Um avião de transporte Boeing C-17 Globemaster, que pode transportar quatro veículos Bushmasters, deixou a cidade de Brisbane, na costa leste, com destino à Europa, disse o primeiro-ministro Scott Morrison. Os veículos fabricados na Austrália tiveram a blindagem reforçada para dar maior proteção contra minas e outros explosivos, disse o ministro australiano da Defesa, Peter Dutton, na rede social Twitter. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, tinha pedido especificamente o envio de veículos Bushmasters quando se dirigiu, por videoconferência, ao Parlamento a 31 de março. “E assim que ele perguntou, nós dissemos que sim”, sublinhou Morrison.
Ucrânia: Rússia lança ataques nas regiões de Donbass
A Rússia lançou nas últimas 24 horas sete ataques nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, que foram repelidos, disse o Estado Maior do exército ucraniano
Segundo um comunicado, a Austrália enviará também 70.000 toneladas de carvão para a Ucrânia, para ajudar no fornecimento de energia, com o país a prometer procurar outras maneiras de fornecer assistência militar defensiva. Os 20 Bushmasters, incluindo dois equipados para servirem de ambulâncias, representaram um investimento de 50 milhões de dólares australianos (34,4 milhões de euros) e juntam-se a ajuda militar e humanitária, no valor de 116 milhões de dólares australianos (79,9 milhões de euros) já anunciada pela Austrália.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, propôs aumentar em 500 milhões de euros o financiamento das armas para a Ucrânia, anunciou na quinta-feira o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, expressando o seu apoio à iniciativa. Portugal vai corresponder ao pedido do chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, que solicitou hoje em Bruxelas aos países membros da NATO que enviem mais armamento com a maior urgência, disse na quinta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior. A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos. Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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