Ucrânia: Ataque russo a central ucraniana revela perigo potencial de desastre nuclear

Jens Stoltenberg considerou que o ataque russo contra a central de Zaporizhzhia revela “quão perigosa é esta guerra” na Ucrânia, demonstrando ainda o perigo potencial de um desastre nuclear.

Ucrânia: Ataque russo a central ucraniana revela perigo potencial de desastre nuclear

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou hoje que o ataque russo desta madrugada contra a central ucraniana de Zaporizhzhia revela “quão perigosa é esta guerra” na Ucrânia. Demonstrando ainda o “perigo potencial de um desastre nuclear”. “O ataque realça o quão perigosa é esta guerra”, comentou Jens Stoltenberg, falando em conferência de imprensa na sede da NATO, em Bruxelas, após uma reunião extraordinária do Conselho do Atlântico Norte. O principal organismo de decisão política da organização. E no qual cada país-membro tem assento ao nível dos chefes de diplomacia. “Exortamos o Presidente Putin a parar imediatamente esta guerra. A retirar todas as suas forças da Ucrânia. E a empenhar-se em verdadeiros esforços diplomáticos de boa-fé. Agora”, vincou o líder da Aliança Atlântica.

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Jens Stoltenberg apontou que o ataque desta madrugada demonstra também “o perigo potencial de um desastre nuclear relacionado com esta guerra”. Ainda assim, segundo observou o secretário-geral, “o que estamos a ver é que o Presidente Putin subestimou totalmente a força das forças armadas ucranianas. E eles conseguiram recuar para lutar e abrandar os avanços russos”. E garantiu: “Não fazemos parte deste conflito, mas temos a responsabilidade de assegurar que este não se agrave e se espalhe para além da Ucrânia. Porque isso seria ainda mais devastador e mais perigoso, com ainda mais sofrimento humano”. “A NATO não procura uma guerra com a Rússia”, concluiu Jens Stoltenberg.

As tropas russas tomaram a central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, informou hoje o regulador nuclear estatal da Ucrânia. Acrescentando que a equipa da central controla o estado dos edifícios e garante seu correto funcionamento. As forças russas bombardearam na noite de quinta-feira para hoje a maior central nuclear da Europa, no sul da Ucrânia. Onde deflagrou um incêndio, que, entretanto, foi extinto pelos bombeiros. O regulador nuclear estatal da Ucrânia garantiu que os seis reatores de Zaporizhzhia não foram afetados. E que o incêndio atingiu apenas um edifício e um laboratório do local.

As tropas russas tomaram a central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa

Bruxelas acolhe hoje reuniões extraordinárias de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO e da União Europeia (UE). Ambas em formatos alargados, para discutir a guerra em curso na Ucrânia, ao nono dia da ofensiva militar russa. A reunião de hoje do Conselho do Atlântico Norte, presencial e presidida pelo secretário-geral, Jens Stoltenberg, foi alargada aos chefes de diplomacia da Suécia, Finlândia e UE. Pela tarde, Jens Stoltenberg participa naquele que é o quinto Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE no espaço de pouco mais de uma semana, em formato alargado.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia. Com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho. Afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender. E garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional. A UE e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia. E o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

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