Trump dirige “sentimentos calorosos” aos africanos a partir de Davos
Donald Trump pediu hoje em Davos ao dirigente ruandês Paul Kagame, que preside à União Africana, para transmitir os seus “sentimentos calorosos” aos presidentes do continente, que se insurgiram recentemente contra declarações “ofensivas” atribuídas ao Presidente norte-americano.
Donald Trump pediu hoje em Davos ao dirigente ruandês Paul Kagame, que preside à União Africana, para transmitir os seus “sentimentos calorosos” aos presidentes do continente, que se insurgiram recentemente contra declarações “ofensivas” atribuídas ao Presidente norte-americano.
A União Africana (UA), com uma cimeira marcada para domingo e segunda-feira na capital da Etiópia, Addis Abeba, condenou em meados de janeiro as declarações “ofensivas” e “perturbadoras” de Donald Trump em relação a várias nações africanas.
Numa reunião com senadores sobre política de imigração, Trump qualificou o Haiti e várias nações africanas como “países de merda”, segundo notícias divulgadas por meios de comunicação social.
“Sei que vão reunir-se em breve e peço-lhe que transmita os meus sentimentos calorosos” aos dirigentes africanos, disse o presidente norte-americano após um encontro com o seu homólogo do Ruanda à margem do Fórum Económico Mundial de Davos.
Trump disse ter tido uma “excelente discussão”, “absolutamente maravilhosa” com o chefe de Estado africano que teve “a grande honra” de encontrar na Suíça, mas não respondeu a perguntas sobre se tinham falado acerca da expressão “países de merda”.
Kagame, por seu turno, disse que o encontro “foi bom” e que falaram sobre economia e trocas comerciais.
Na quinta-feira, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahmat, disse que os líderes do continente não podem ficar em silêncio após as observações grosseiras do Presidente norte-americano.
“O continente está profundamente chocado com a mensagem de ódio e o desejo de marginalizar África”, disse Mahmat, adiantando que na cimeira os líderes africanos também poderão responder a outras declarações e ações de Trump como “as declarações sobre Jerusalém ou uma redução da contribuição para o orçamento das operações de manutenção da paz”.
“O continente não pode ficar quieto em relação a tudo isto”, disse.
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