Stoltenberg pede que guerra em Gaza não enfraqueça “vontade” de apoiar Kiev

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, apelou hoje para que a guerra de Gaza não enfraqueça a “vontade e capacidade” dos membros da Aliança Atlântica para apoiar a Ucrânia.

Stoltenberg pede que guerra em Gaza não enfraqueça

“Infelizmente, não podemos escolher lidar apenas com uma crise de cada vez”, afirmou Stoltenberg num discurso no parlamento norueguês, que acolhe por estes dias a 75.ª sessão do Conselho Nórdico (organização interparlamentar) em Oslo.

“Aproxima-se mais um inverno, e devemos esperar novos ataques ao abastecimento energético e a outras infraestruturas essenciais”, declarou o responsável referindo-se à Ucrânia e acrescentando que tudo indica que a Rússia está a preparar-se para “mais guerra” e não para a paz.

O secretário-geral da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) instou, por isso, a que os Estados-membros continuem a armar a Ucrânia com um arsenal “de alta qualidade e em grandes quantidades”, para que Kiev possa reforçar a sua posição à mesa das negociações.

Além disso, quando a guerra terminar, é preciso assegurar “que a história não se repete outra vez”, pelo que “todos os países da NATO estão de acordo em que a Ucrânia deverá tornar-se membro da organização”, acrescentou.

Stoltenberg advertiu ainda de que a China “está a acompanhar de perto os acontecimentos” e que “o que está a acontecer agora na Europa pode acontecer amanhã no leste da Ásia”, referindo-se a uma eventual invasão futura de Taiwan.

Segundo o responsável da Aliança Atlântica, a dependência das importações da China torna os países “vulneráveis” e ao negociar com Pequim é preciso evitar cometer “o mesmo erro” que foi cometido com a Rússia.

Em relação à situação no Médio Oriente, Stoltenberg sublinhou a importância de que a guerra não se transforme num conflito em grande escala devido a uma intervenção do Irão e do grupo xiita libanês Hezbollah.

Reiterou igualmente a sua condenação do ataque sem precedentes do braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, a 07 de outubro, mas salientou ser importante que a resposta israelita “se realize no quadro do Direito Internacional” e que as vidas dos civis sejam protegidas.

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By Impala News / Lusa

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