Seis dos dez arguidos foram considerados culpados pelos atentados de 2016 em Bruxelas
Um júri considerou hoje culpados seis dos dez arguidos acusados de participarem nos ataques terroristas de 2016 em Bruxelas, que resultaram em 32 mortos e mais de 300 feridos.
Entre os condenados estão Salah Abdeslam e Mohamed Abrini, já sentenciados a prisão perpétua em 2022 em Paris, pelos ataques de 13 de novembro de 2015 e, Bruxelas. Também foram condenados Osama Krayem, Ali El Haddad Asufi, Bilal El Makhoukhi e Osama Atar, o alegado líder do ataque, considerado morto na Síria em 2017 e que, por isso, foi julgado à revelia.
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Os ataques de Bruxelas e Paris foram reivindicados pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico. O veredicto foi divulgado pela emissora pública RTBF, pelo jornal Le Soir e pelos ‘sites’ de notícias HLN e Nieuwsblad, noticiou a agência Associated Press (AP). O júri, por outro lado, absolveu outros quatro arguidos: Sofien Ayari, Hervé Bayingana Muhirwa, Smail Farisi e Ibrahim Farisi.
O presidente do tribunal que julga o caso, Laurence Massart, leu esta tarde o veredicto emitido pelo júri após vários dias de deliberação e sete meses de audiências. A sentença será decidida em setembro. Além das acusações de homicídio terrorista, os dez arguidos foram acusados de tentativa de homicídio terrorista e participação em atividades de grupo terrorista, com exceção de Ibrahim Farisi, que é indiciado apenas por este último crime.
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Após sete meses de audiências, os doze membros do júri retiraram-se para deliberar em 06 de julho e, após 18 dias em que permaneceram isolados, chegaram esta segunda-feira a um veredicto. Os atentados aconteceram em 22 de março de 2016, o primeiro dos quais no aeroporto de Bruxelas, quando duas explosões provocaram a morte de 11 pessoas e dezenas de feridos.
Este ataque foi realizado por um grupo de pessoas que incluiu um bombista suicida que gritou palavras em árabe antes de se fazer explodir. Alguns minutos depois, uma outra explosão foi registada na estação de metropolitano de Maelbeek/Maalbeek, perto de várias agências da União Europeia, provocando 20 mortos.
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