Relação entre a Madeira e a República está paralisada
O presidente do Governo Regional disse que a relação entre a Madeira e a República está “paralisada” devido à agenda partidária do Governo da República com as eleições autárquicas.
O presidente do Governo Regional disse hoje que a relação entre a Madeira e a República está “paralisada” devido à agenda partidária do Governo da República com as eleições autárquicas.
Ao intervir no debate sobre o Estado da Região na Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel Albuquerque disse que o Governo da República está mais interessado em “segurar” o atual presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF), Paulo Cafofo, eleito pela coligação “Mudança” [PS, BE, MPT, PAN, PND e PTP] para, a partir desta autarquia, o PS ganhar a Região em 2019.
“Esta é uma agenda partidária que está a paralisar aquilo que são as obrigações fundamentais do Estado para com a Região, há uma agenda partidária que se sobrepõe aos interesses institucionais do Estado”, declarou, considerando que “é muito mais importante para o senhor primeiro-ministro segurar a geringonça no Funchal do que tratar dos assuntos da Região”. Para o governante madeirense, “a situação está, de facto, um pouco paralisada” e os dossiers aguardam pelo desfecho daquilo que “é uma agenda partidária”.
O presidente do Governo Regional recordou, ao fazer o balanço dos últimos dois anos e meio da sua governação, que a Madeira passou da austeridade para a dinamização económica nos últimos dois anos.
“No passado recente, e fruto da crise que atravessamos e do PAEF [Plano de Ajustamento Económico Financeiro] a que fomos submetidos, a Região Autónoma tinha dívidas e austeridade, hoje, felizmente, temos redução de impostos, mais investimento, mais crescimento económico per a menor taxa de desemprego dos últimos seis anos”, disse.
Diminuição do desemprego, devolução de impostos, teto máximo nas viagens aéreas, reposição do subsídio de insularidade no Porto Santo, redução das rendas das Parcerias Publico Privadas, alteração do modelo de operação portuária, apoio às empresas da Região e as reformas na Saúde e Educação foram aspetos realçados pelo presidente do Governo Regional.
“Temos boas razões para estarmos otimistas porque ao contrário do que vaticinavam alguns, vivemos tempos de recuperação económica e social na Região Autónoma da Madeira”, concluiu.
A oposição com assento no parlamento madeirense declinou o “otimismo” de Miguel Albuquerque e contrapôs que a situação no arquipélago está longe de ser “a região das maravilhas”.
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