Rebeldes Huthis do Iémen reivindicam terceiro ataque contra porta-aviões dos EUA

Os Huthis reivindicaram o terceiro ataque em 48 horas contra o porta-aviões norte-americano Harry Truman no mar Vermelho, em resposta aos ataques dos Estados Unidos contra os bastiões dos rebeldes no Iémen

Rebeldes Huthis do Iémen reivindicam terceiro ataque contra porta-aviões dos EUA

“Nas últimas horas, as forças armadas iemenitas atingiram com sucesso o porta-aviões norte-americano USS Harry Truman no norte do mar Vermelho com dois mísseis de cruzeiro e dois drones, e atingiram um contratorpedeiro norte-americano com um míssil de cruzeiro e dois drones”, disseram os Huthis, na plataforma de mensagens Telegram.

O anúncio surgiu horas depois dos rebeldes terem denunciado um novo ataque dos Estados Unidos da América na região ocidental de Hodeida, controlada pelos rebeldes apoiados pelo Irão, no âmbito de uma operação ordenada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

“Um ataque dos EUA teve como alvo a região de Bajel, na província de Hodeida”, afirmou hoje um porta-voz dos insurgentes, e outros ataques visaram uma fábrica de aço na região de al-Salif, na mesma província, informou a agência noticiosa dos rebeldes, Huthi Saba, bem como a estação de televisão Al-Massira.

Dezenas de milhares de pessoas marcharam na segunda-feira no Iémen em resposta a um apelo dos rebeldes Huthis, dois dias após ataques dos Estados Unidos contra redutos do movimento.

No sábado à noite, os EUA iniciaram uma série de ataques aéreos contra várias cidades controladas pelos huthis no norte e centro do Iémen, bem como em Sana, que segundo o movimento xiita fizeram 53 mortos e 98 feridos.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou na segunda-feira que o Irão será “considerado responsável” por qualquer novo ataque dos huthis, após o movimento iemenita apoiado por Teerão reivindicar uma ação armada contra um porta-aviões norte-americano no Mar Vermelho.

“Cada tiro disparado pelos huthis será considerado, a partir de agora, como um tiro disparado por armas iranianas e pelos líderes iranianos, e o Irão será responsabilizado e sofrerá as consequências. E serão terríveis”, escreveu o líder da Casa Branca na sua plataforma Truth Social.

Trump chamou aos rebeldes “gangsters e bandidos sinistros” que são “odiados pelo povo iemenita”, argumentando que os seus ataques foram criados pelo Irão.

No sábado, Trump prometeu o “inferno” para os Huthis e pediu ao Irão que deixe de apoiar os rebeldes, que levaram a cabo uma série de ataques ao comércio marítimo na costa do Iémen, em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em guerra com Israel desde outubro de 2023.

Os huthis, que controlam a capital Sanaa e outras regiões no norte e oeste do Iémen desde 2015, começaram a atacar há mais de um ano território israelita e navios ligados ao país com drones e mísseis nas águas do mar Vermelho e do golfo de Aden.

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By Impala News / Lusa

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