Raimundo nega “linhas vermelhas” para acordo, mas não passa “cheques em branco”

O secretário-geral do PCP recusou hoje que haja linhas vermelhas num eventual acordo pós-eleitoral, mas avisou que rejeitará “cheques em branco” e que as convergências serão em função do conteúdo das soluções.

Raimundo nega

Em declarações aos jornalistas durante uma arruada no Barreiro, onde contou com o apoio de cerca de 200 pessoas, Paulo Raimundo reafirmou a disponibilidade da Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV) para entendimentos, assegurando que “não há nenhuma intransigência” e que “não há nenhumas linhas vermelhas”.

“Somos os mais disponíveis para encontrar soluções para resolver os problemas das pessoas. Agora, não passamos cheques em branco. Connosco, não peçam cheques em branco. Não peçam uma ideia geral da forma desligando do conteúdo. Não, isso connosco não dá. Agora, para aumentar salários e reformas, para encontrar soluções para pôr a banca a pagar o aumento das taxas de juro, para pôr uma norma-travão às rendas, para fixar os preços da alimentação, para isso tudo cá está a CDU”, disse.

O líder comunista salientou a abertura para “propor e para convergir com propostas que venham de outros” e descartou que esteja a criticar o PS de forma gratuita nos últimos dias, apontando apenas o dedo às opções políticas socialistas.

“Nós não falamos mal do PS por falar. Nós criticamos as opções políticas do PS que ficaram bem expressas nestes últimos dois anos de maioria absoluta. E é isso que nós contestamos. Queremos e precisamos que mais gente convirja com o PCP para resolver os problemas das pessoas, venham elas de onde vierem. E haverá muitos que, por esta ou aquela razão, esta ou aquela chantagem, há dois anos acompanharam o PS na votação e que vão voltar à CDU porque já perceberam que é aqui que estão as soluções”, continuou.

JGO // SF

By Impala News / Lusa

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