PS/Congresso: Esquerda constata “linha de continuidade” entre nova liderança e maioria absoluta

PCP e BE consideraram hoje que o congresso do PS denotou uma “linha de continuidade” da nova liderança socialista com o Governo de maioria absoluta, apelando a uma rutura nas políticas.

PS/Congresso: Esquerda constata

Em declarações aos jornalistas na Feira Internacional de Lisboa (FIL), onde decorreu o 24.º Congresso Nacional do PS, Ricardo Costa, da Comissão Política do Comité Central do PCP, defendeu que a reunião magna socialista e o discurso do seu secretário-geral denotam “uma linha de continuidade” com as políticas dos últimos dois anos.

Para o PCP, essas políticas “não resolvem os problemas do país” e é necessária uma “alternativa política que responda à questão dos salários, do aumento das pensões, do combate ao aumento do custo de vida, às questões da habitação e da defesa do SNS”.

“Isso, nós não vemos aqui, vemos uma linha de continuidade que não responderá aos problemas. Vimos alguém a falar como se tivesse acabado de chegar ao poder”, criticou.

Questionado sobre a proposta de Pedro Nuno Santos de aumentar o salário mínimo em pelo menos 1.000 euros até ao final de 2028, Ricardo Costa sublinhou que esse aumento é uma “questão primordial”, mas deve acontecer já e não apenas em 2028.

Pelo BE, o dirigente Luís Fazenda também considerou que o congresso socialista sublinhou “a continuidade do legado do Governo da maioria absoluta”, que disse ser “bastante negativo” em áreas como a saúde, a educação ou a habitação.

Luís Fazenda criticou também a proposta de aumento do salário mínimo para 1.000 euros, considerando “muito pouco” e que corresponde “a um ritmo de crescimento menor do que o de este ano”.

“São necessárias políticas que façam ruturas com o legado do Governo anterior. (…) Há um campo enorme para essa rutura e para novas políticas à esquerda”, disse.

Já a dirigente do Livre Isabel Mendes Lopes referiu que, no seu discurso, Pedro Nuno Santos falou na “necessidade de Portugal reinventar a sua economia”, salientando que o seu partido concorda, mas que tal só será possível com “uma maioria de esquerda, alargada, plural, que trabalhe em conjunto numa visão para o país”.

“O Livre defende nestas eleições que é essencial ter três objetivos: que a maioria seja de esquerda, que o Livre faça parte dessa maioria de esquerda com um grupo parlamentar e que os extremistas fiquem afastados do poder”, salientou.

TA // SF

By Impala News / Lusa

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