Protestos contra o Presidente do Brasil bloqueiam três autoestradas de São Paulo

Manifestantes bloquearam três vias principais de acesso a São Paulo, a maior cidade do Brasil, para exigir a aceitação da denúncia de corrupção contra o Presidente Michel Temer, que deve ser votada na câmara baixa.

Protestos contra o Presidente do Brasil bloqueiam três autoestradas de São Paulo

Manifestantes bloquearam hoje três vias principais de acesso a São Paulo, a maior cidade do Brasil, para exigir a aceitação da denúncia de corrupção contra o Presidente Michel Temer, que deve ser votada hoje na câmara baixa.

Bloqueios afetam desde o início da manhã a autoestrada Régis Bittencourt, entre os municípios da grande São Paulo de Embu das Artes e Taboão da Serra, a Anchieta, perto de São Bernardo do Campo, e a Presidente Dutra, perto da cidade de Guarulhos.

Durante os protestos, os manifestantes queimaram pneus, que colocaram de molde a impedir a circulação.

Os bombeiros apagaram o fogo em três corredores para permitir a circulação dos veículos.

Os três protestos foram desencadeados para exigir aos deputados da câmara baixa do Brasil que aceitem numa votação marcada para hoje que o Supremo Tribunal Federal (STF) possa abrir um processo criminal contra Michel Temer, acusado desde junho da prática do crime de corrupção passiva.

Neste caso, o chefe de Estado seria suspenso do cargo por 180 dias e poderia ser destituído após o processo se fosse condenado.

Como a votação da aceitação ou não da denúncia tem uma natureza puramente política, o terreno está favorável para Michel Temer e a sua base parlamentar maioritária, que precisa do apoio de apenas 172 do total de 513 deputados para barrar o processo. De acordo com estimativas dos seus aliados, o Governo tem pelo menos 250 votos garantidos, o que tornaria inviável os esforços da oposição minoritária que teria que alcançar uma maioria de dois terços (342 deputados) para aprovar a admissibilidade do processo contra o Presidente.

Michel Temer foi denunciado pelo Ministério Público após executivos do grupo JBS firmarem um acordo com a Justiça do país no qual confessaram que pagaram subornos ao Presidente em troca de favores concedidos à empresa junto aos órgãos do Governo.

 

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