Professores da Escola Portuguesa de Luanda iniciam hoje greve de cinco dias
Um grupo de professores da Escola Portuguesa de Luanda inicia hoje uma greve de cinco dias para reivindicar melhores condições e equidade salarial.
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Numa nota enviada à Lusa, os professores do Quadro de Escola (QE) da Escola Portuguesa de Luanda (EPL), vinculados em concurso extraordinário em 01 de setembro de 2024, queixam-se do agravamento das condições e de injustiças e admitem deixar a EPL antes do final do ano letivo por a situação se ter tornado “inviável”.
Os professores destacam que a transição da gestão da escola iniciada em 2021 trouxe uma “perda substancial de regalias e remunerações, colocando estes profissionais numa situação de desigualdade face aos colegas em mobilidade estatutária”.
Os professores da Escola Portuguesa de Luanda enviaram na semana passada uma carta para o ministro da Educação, Fernando Alexandre, alertando para a situação atual e pedindo uma atualização urgente do montante de reembolso de despesas de residência face aos níveis alarmantes da inflação em Luanda.
Os professores queixam-se de ter um salário líquido significativamente inferior ao de um docente integrado no primeiro escalão da carreira em Portugal, devido à tributação do país, “tornando-se manifestamente insuficiente para cobrir despesas básicas, como alimentação, saúde, educação, alojamento e transporte”.
Falam ainda do descontentamento crescente que já levou a outros protestos e realçam que devido ao aumento do custo de vida e falta de medidas efetivas, “muitos docentes consideram inviável a sua permanência na EPL até ao final do ano letivo”.
A greve abarca todos os docentes e trabalhadores com funções docentes que exercem a sua atividade profissional na EPL, abrangendo tanto os professores pertencentes ao Quadro de Escola, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 45-B/2024, de 12 de julho, como aqueles que se encontram em mobilidade estatutária.
A EPL, criada na década de 80, foi até 2021 gerida pela Cooperativa Portuguesa de Ensino em Angola (CPEA), mas, a partir de 07 de setembro de 2021, passou a ser gerida pelo Ministério da Educação português, após um litígio com alguns cooperantes.
RCR // ANP
By Impala News / Lusa
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