Sissoco Embalo deu conta, através da sua página numa rede social, de uma “longa conversa” que teve com o Presidente russo, onde, disse, essencialmente abordaram a situação da política geopolítica internacional e também do reforço das relações bilaterais.

A presidência russa, por seu turno, adiantou que “na sequência dos acordos alcançados durante as conversações entre Vladimir Putin e Umaro Sissoco Embalo em Moscovo, em maio de 2024, discutiram [na conversa de hoje] questões atuais relacionadas com a expansão da cooperação bilateral nas áreas da economia, comércio, investimento e assuntos humanitários”, através de um comunicado divulgado pela agência TASS.

Desde que Embalo assumiu a presidência da Guiné-Bissau, em fevereiro de 2020, as relações entre Bissau e Moscovo intensificaram-se, traduzindo-se em várias visitas efetuadas pelo líder guineense à Rússia, e de governantes, parlamentares e empresários dos dois países.

Em maio de 2024, o Presidente guineense foi um dos convidados de Putin para assistir, em Moscovo, às celebrações do Dia da Vitória e Sissoco aproveitou a ocasião para discutir as possibilidades de empresas russas explorarem os recursos naturais, incluindo hidrocarbonetos, na Guiné-Bissau.

Em julho de 2023, Embalo foi um dos dois presidentes de países africanos de expressão portuguesa a participar na cimeira Rússia -África. O outro foi Filipe Nyussi, então Presidente de Moçambique.

O Presidente guineense também tinha estado na Rússia em outubro de 2022, na qualidade de presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), tendo dias depois seguido para a Ucrânia.

Em Moscovo, Sissoco Embalo encontrou-se com Vladimir Putin, e em Kiev, com Volodymyr Zelensky, tendo pedido aos dois que parassem com a guerra que ambos travam desde fevereiro de 2022

Meses depois, Embalo efetuou uma visita oficial à Rússia tendo na altura demonstrado vontade em adquirir fragatas e helicópteros a Moscovo para combater a pirataria nas águas guineenses ao mesmo tempo que empresas russas manifestaram disponibilidade em explorar fosfatos, bauxite, área pesada e petróleo na Guiné-Bissau.

No passado mês de dezembro, a empresa russa Russal, concedeu 70 bolsas de estudo para jovens guineenses para se formarem em Moscovo em diversas áreas ligadas aos Recursos Naturais.

A Russal, que vai explorar a mina de bauxite no leste da Guiné-Bissau, também manifestou interesse em ajudar o país africano a construir uma linha de caminhos de ferro e ainda um porto na localidade de Buba, no sul.

MB // ANP

By Impala News / Lusa

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