Portugal sobe três postos para o 16.º lugar do ranking digital da UE
Portugal subiu este ano três posições no Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES) da União Europeia, ocupando agora o 16.º lugar entre os 27 Estados-membros, revela o ‘ranking’ hoje divulgado pela Comissão Europeia.
Portugal subiu este ano três posições no Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES) da União Europeia, ocupando agora o 16.º lugar entre os 27 Estados-membros, revela o ‘ranking’ hoje divulgado pela Comissão Europeia. Ajustado este ano “a fim de refletir as duas principais iniciativas políticas com impacto na transformação digital da UE nos próximos anos”, designadamente o Mecanismo de Recuperação e Resiliência e as Orientações para a Digitalização da Europa na próxima década, o IDES é agora composto por 33 indicadores em torno de quatro dimensões (capital humano, conectividade, empresas e serviços públicos), tendo Portugal registado subidas em termos absolutos em 13 deles face a 2020.
O relatório sublinha que, “em matéria de capital humano, Portugal registou um aumento significativo da percentagem de especialistas em Tecnologias de informação e Comunicação (TIC), aproximando-se da média da UE”. “O desempenho de Portugal em termos de competências digitais básicas é inferior à média da UE, mas a percentagem de indivíduos com competências digitais mais avançadas é superior à média”, nota o documento, constatando que “a percentagem de mulheres especialistas em TIC” em Portugal, de 22%, “é superior à média da UE”, de 19% .
A Comissão Europeia considera que, relativamente à conectividade, “Portugal apresenta um bom desempenho em matéria de cobertura de VHCN (rede de capacidade muito elevada) e de banda larga rápida”, mas adverte que “continua a ser necessário um esforço suplementar para assegurar que a cobertura de VHCN e a adoção de banda larga móvel sejam uma realidade para todos os agregados familiares, inclusivamente nas zonas rurais”. “A adesão à banda larga fixa de pelo menos 100 Mbps em Portugal aumentou de 56% para 63%, o que coloca o país muito acima da média da UE (34%)”, mas “o país regista atrasos na adesão à banda larga móvel”, observa o relatório.
Segundo Bruxelas, “o incremento do esforço para o aumento da cobertura das redes de capacidade muito elevada e para a adesão à banda larga móvel asseguraria um melhor acesso de todas as famílias, inclusivamente nas áreas rurais”. “O atraso na atribuição de espetro constitui um entrave à implantação da tecnologia 5G, mas o leilão relativo às principais faixas pioneiras está em curso [terminou em 27 de outubro] e deverá aumentar a preparação de Portugal para a tecnologia 5G”, lê-se no documento.
Ao nível das empresas, o relatório observa que “a percentagem de empresas portuguesas com pelo menos um nível básico de intensidade digital é de 51%”, abaixo da média da UE, de 60%, mas, por outro lado, “as percentagens de utilização de TIC para a sustentabilidade ambiental, de PME que vendem em linha e de utilização de IA são superiores à média da UE.”
A Comissão sublinha que “o número de empresas que utilizam serviços em nuvem aumentou relativamente ao ano passado” e “Portugal situa-se entre os líderes da UE no que respeita a serviços públicos digitais”, apresentando um desempenho acima da média comunitária no que respeita à utilização de formulários pré-preenchidos em linha e aos serviços públicos digitais para o público e para as empresas.
O número de utilizadores de serviços de administração pública em linha aumentou para 57%, permanecendo ainda assim abaixo da média da UE, de 64%, aponta o relatório. “A melhoria das competências digitais continua a ser uma prioridade do país, tal como consta do respetivo plano de recuperação e resiliência (PRR), que inclui iniciativas dirigidas a diversos grupos da população.
A Comissão Europeia tem vindo a acompanhar, desde 2014, os progressos digitais dos Estados-Membros através dos relatórios do Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES). Todos os anos, os relatórios incluem perfis nacionais, que ajudam os Estados-Membros a identificar áreas de intervenção prioritárias, bem como capítulos temáticos que apresentam uma análise das principais áreas da política digital ao nível da UE.
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