Polónia anuncia unidade militar de ucranianos residentes no país

A Polónia pretende formar uma unidade militar composta por cidadãos ucranianos residentes no país e que foram mobilizados pelas autoridades de Kiev, revelou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski.

Polónia anuncia unidade militar de ucranianos residentes no país

Em declarações em Praga, onde hoje terminou uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, o chefe da diplomacia polaca disse que Varsóvia considerou um pedido de Kiev para enviar formadores militares, mas chegou à conclusão de que “seria mais seguro e eficiente formar na Polónia uma unidade ucraniana composta por cidadãos daquele país sujeitos ao recrutamento”.

O executivo polaco já tinha manifestado vontade de colaborar com Kiev para ajudar os homens em idade militar que vivem na Polónia a regressar à Ucrânia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou recentemente que, “se um homem maior de idade vai para o exterior, mostra que não se preocupa com a sobrevivência de seu estado”.

Nas mesmas declarações à imprensa, Sikorski anunciou também a adoção pelos ministros da NATO de “duas decisões importantes”, referindo-se ao reforço da “mensagem sobre a futura adesão da Ucrânia à Aliança” e o futuro estabelecimento de um mecanismo de apoio financeiro para a defesa de Kiev contra a invasão russa, num total de cerca de 40 mil milhões de euros.

“Desde a invasão russa da Ucrânia em 2022, os aliados forneceram aproximadamente 40 mil milhões de euros por ano em ajuda militar à Ucrânia. Devemos manter pelo menos este nível de apoio todos os anos, durante o tempo que for necessário”, defendeu hoje o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, no final da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O conflito que já entrou no terceiro ano provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.

HB // SCA

By Impala News / Lusa

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