PM britânico pede a líderes pressão sobre Rússia para forçar negociações de paz

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, exortou hoje vários líderes internacionais que “mantenham a pressão” sobre o Presidente russo, Vladimir Putin, para que este aceite um cessar-fogo na Ucrânia e inicie negociações de paz.

PM britânico pede a líderes pressão sobre Rússia para forçar negociações de paz

Na intervenção de abertura de uma reunião virtual, Starmer afirmou que “mais cedo ou mais tarde, ele vai ter de se sentar à mesa e iniciar uma discussão séria”.

Pelo contrário, vincou, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, presente na conferência, “demonstrou mais uma vez que a Ucrânia é o partido da paz, porque concordou e comprometeu-se com um cessar-fogo incondicional de 30 dias”. 

Aos cerca de 25 países presentes na chamada por videoconferência, entre os quais Portugal, Starmer disse que não devem ficar “simplesmente à espera” mas continuar a apoiar a Ucrânia de forma militar e financeira, e também preparar uma força de manutenção de paz. 

“Tendo em conta os desenvolvimentos dos últimos dias, [temos de] manter a pressão sobre Putin para que se sente à mesa das negociações. E penso que, coletivamente, temos uma série de formas de o fazer”, acrescentou. 

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reiterou a necessidade de continuar o trabalho para formar o que chama de “Coalition of the Willing”, uma coligação de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz com soldados ou meios militares. 

Uma sessão de planeamento militar deverá ser realizada na próxima semana.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, representa Portugal na reunião, um dos cerca de 25 países representados, a maioria europeus, mas que também vão incluir o Canadá, a Ucrânia, a Austrália e a Nova Zelândia.

A União Europeia e a NATO também estão presentes. 

A conferência de hoje acontece após várias semanas de diplomacia intensa por parte dos países europeus para mostrar aos Estados Unidos a disponibilidade para participar num processo de paz, mas também dos EUA, que tem mantido contactos com Kiev e Moscovo para chegar a um entendimento. 

Esta semana, Kiev aceitou a proposta norte-americana de um cessar-fogo de 30 dias, mais de três anos após a invasão russa, mas Putin expressou reservas sobre este plano e levantou “questões importantes” que precisam de ser abordadas antes que se possa chegar a uma trégua.

O G7 expressou, numa declaração final após uma reunião dos ministros de Negócios Estrangeiros, o seu “apoio inabalável” à “integridade territorial” da Ucrânia e ameaçou a Rússia com novas sanções se não apoiar a proposta norte-americana de uma trégua de 30 dias, já aceite por Kiev mas que encontrou resistências do Kremlin.

BM // CC

By Impala News / Lusa

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