Pedro Nuno pede que não se dispersem votos à esquerda, Mortágua critica “bala de prata”
O líder socialista apelou hoje a que não se dispersem votos à esquerda porque só a vitória do PS permite uma alternativa à AD, tendo a coordenadora bloquista criticado que a “bala de prata” de Pedro Nuno Santos seja Luís Montenegro.

No debate entre o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, – a estreia de ambos nos frente a frente para as legislativas – habitação, defesa e imigração marcaram as principais diferenças entre os dois líderes, que concordaram nas críticas aquilo que consideram ser a inação do Governo português perante as tarifas dos Estados Unidos.
Na reta final, o tema da governabilidade marcou duas visões distintas, com Pedro Nuno Santos a afirmar que “só haverá alternativa à AD se o PS vencer estas eleições”, recordando que em 2024 o Presidente da República convidou o partido mais votado a formar Governo.
“Quero pedir ao povo português e aos eleitores que votam à esquerda para não dispersarem votos porque nós hoje podíamos ter um Governo do PS e não ter a AD a governar se não tivesse havido a dispersão de votos que tivemos há um ano”, apelou, recordando que o PS perdeu por cerca de 50 mil votos e o BE teve nessas eleições cerca de 280 mil votos.
Na resposta, Mariana Mortágua contrapôs esta ideia porque, segundo dia, o “primeiro lugar não determina nada”.
“Aquilo que Pedro Nuno Santos está a dizer quando diz que quer ser o mais votado e que espera uma viabilização do PSD é que tem uma bala de prata e que a bala de prata de Pedro Nuno Santos é Luís Montenegro”, criticou.
Segundo a líder bloquista, o líder do PS está à espera que o primeiro-ministro, que todos os dias acusa de “não ser confiável”, lhe “dê a confiança para governar com base no seu apoio”.
Sobre a disponibilidade do BE para um acordo pós-eleitoral, tal como em 2015, Mortágua respondeu que “há sempre”.
JF // RBF
By Impala News / Lusa
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