Pedro Nuno avisa que executivo está a “preparar terreno” para abandonar promessas eleitorais

O secretário-geral do PS advertiu hoje que o Governo está a “preparar terreno” para não cumprir promessas eleitorais como a valorização de carreiras e defendeu que o executivo está mais pressionado pelo seu programa do que pelo excedente orçamental.

Pedro Nuno avisa que executivo está a

“Nós hoje assistimos ao início de um discurso e da preparação do terreno político para a não concretização de tudo aquilo que foi sendo prometido. A valorização das carreiras e das grelhas salariais de diferentes grupos profissionais da administração pública não nasce depois do dia 10 de março, ela foi compromisso eleitoral de todos os partidos políticos, inclusivamente da AD”, advertiu Pedro Nuno Santos numa conferência de imprensa na sede nacional do PS, em Lisboa.

O líder do PS frisou que, na terça-feira, na tomada de posse do XXIV Governo Constitucional, Luís Montenegro fez um “discurso típico dos governos da direita em Portugal, e do PSD em Portugal”, com a ideia de que “não há dinheiro, a propósito de um debate nas últimas semanas sobre o excedente orçamental”.

“Eu queria ser muito claro nesta matéria: não é o excedente orçamental que coloca pressão sobre a governação. O que coloca pressão sobre esta governação é o programa económico do PSD, da AD. A pressão vem daí”, defendeu.

Aludindo a uma frase utilizada por Luís Montenegro no seu discurso – de que a “teoria dos ‘cofres cheios’ conduz à reivindicação desmedida e descontrolada de despesas insustentáveis” -, Pedro Nuno Santos sublinhou que a “teoria dos cofres cheios não nasceu com o PS nem resulta do excedente”.

“A teoria dos cofres cheios resultou de uma campanha eleitoral em que a AD prometeu tudo a todos. Estamos a falar de milhares de milhões de euros de perda de receita fiscal e de aumento da despesa”, frisou.

Para Pedro Nuno Santos, a “teoria dos cofres cheios foi amplamente defendida e apresentada durante toda a campanha eleitoral e está espelhada no cenário macroeconómico do PSD, da AD”.

“Por isso, a desculpa não é o excedente orçamental. O excedente orçamental, quando muito deixa este Governo numa posição de partida mais favorável. A pressão, essa sim, vem das promessas que a AD fez durante a campanha eleitoral, aliás acusando o PS de não ser suficientemente ambicioso”, frisou, referindo que, durante a campanha, foi advertindo para “o irrealismo do cenário macroeconómico” da AD.

TA // JPS

By Impala News / Lusa

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