Parlamento português tem menos deputados do que média europeia
O parlamento português tem menos deputados por 100 mil eleitores do que a média europeia, de acordo com relatório que demonstra que os cinco países menos populosos da Europa são os que têm mais parlamentares.
O estudo em questão, datado de setembro deste ano e noticiado hoje pelo jornal Público, fez uma comparação entre o número de deputados em vários parlamentos europeus por 100 mil habitantes e por 100 mil eleitores. “Da análise realizada, importa referir que, em média, o parlamento dos países considerados têm 3,38 deputados por cada 100 mil habitantes e 4,87 deputados por cada 100 mil eleitores”, sustenta o relatório.
Em relação a Portugal o rácio é menor. A Assembleia da República tem 2,23 deputados por cada 100 mil habitantes e 2,46 deputados por cada 100 mil eleitores, considerando uma população total 10.297.081 e 9.343.084 eleitores, de acordo com dados disponíveis em outubro de 2019. Portugal ocupa a 16.ª posição no rácio entre o número de deputados por 100 mil habitantes. Já na comparação entre o número de deputados por 100 mil eleitores, o parlamento português aparece na 17.ª posição.
Nas conclusões do estudo também é referido que “os cinco países com mais deputados por 100 mil habitantes”, respetivamente Malta, Luxemburgo, Estónia, Chipre e Letónia, são também os cinco países menos populosos da Europa. Em contrapartida, as cinco nações com menos deputados por 100 mil habitantes, ou seja, Espanha, Alemanha, França, Países Baixos, e também o Reino Unido, “são também quatro dos cinco países mais populosos”.
A análise feita incluiu 28 países europeus e os “dados relativos ao número de habitantes de cada um dos países foram obtidos, com referência ao ano de 2020, no portal” Eurostat. Já os dados sobre o número de eleitores foram obtidos através da consulta dos dados divulgados pela organização não-governamental (ONG) International Foundation for Electoral Systems (IFES) e, “em alguns casos devidamente identificados, através da consulta da entidade oficial com competência relativa aos atos de recenseamento e de operações eleitorais” ou do ‘site’ oficial de cada parlamento. “O número de eleitores apresentado tem como referência a última eleição no país em questão”, explicita o relatório.
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