Novo líder do Haiti poderá ter de receber tratamento médico no estrangeiro

O recém-escolhido primeiro-ministro do Haiti, Garry Conille, foi hospitalizado com um ataque de asma e poderá ter de ser levado para receber tratamento no estrangeiro, disseram várias fontes governamentais.

Novo líder do Haiti poderá ter de receber tratamento médico no estrangeiro

“Ele teve um ataque de asma. Está a ser acompanhado por médicos”, disse à agência de notícias France-Presse uma fonte, que pediu para não ser identificada, acrescentando que era possível que o líder do Governo fosse transportado para receber tratamento no estrangeiro.

Outras fontes, citadas pelo jornal haitiano ‘Le Nouvelliste’, disseram que Conille está nos cuidados intensivos e que “todas as opções estão em cima da mesa”, aludindo a uma possível transferência do dirigente para o estrangeiro.

O gabinete do primeiro-ministro afirmou num comunicado que Conille se sentiu mal na noite de sábado, na capital Porto Príncipe, “após uma semana de atividades intensas”, mas acrescentou que o governante estava em situação estável no hospital Pétion-Ville.

Horas antes de ser hospitalizado, Conille tinha visitado o principal aeroporto internacional do país, que reabriu recentemente depois de estar encerrado durante quase três meses devido à violência de grupos de crime organizado.

Em 29 de maio, na primeira declaração pública depois de ser nomeado, Conille prometeu unidade e afirmou-se honrado por ter sido escolhido.

“Juntos, trabalharemos para um amanhã melhor para todas as crianças da nossa nação”, escreveu na rede social X (antigo Twitter), em crioulo haitiano.

Conille foi nomeado primeiro-ministro em 28 de maio, com o voto favorável de seis dos sete membros do conselho presidencial de transição, após um complicado processo de seleção, que tinha começado há um mês.

O antigo ministro das Finanças do Haiti Michel Patrick Boisvert era quem ocupava o cargo de primeiro-ministro interino, na sequência da demissão do antigo primeiro-ministro Ariel Henry, em abril, na sequência de um surto de violência de gangues.

Conille foi chefe de Governo entre setembro de 2011 e fevereiro de 2012, durante a administração do Presidente Michel Martelly, mas demitiu-se após um conflito com o próprio executivo.

O dirigente de 58 anos era o diretor regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para a América Latina e as Caraíbas desde janeiro de 2023, cargo do qual se demitiu.

A nomeação ocorreu numa altura em que o Haiti aguarda a chegada da missão multinacional de apoio à segurança, liderada pelo Quénia e com a aprovação das Nações Unidas, para travar a violência de grupos armados que controlam pelo menos 80% da capital.

No ano passado, oito mil pessoas morreram vítimas da violência no país, insegurança que aumentou ainda mais desde o final de fevereiro.

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By Impala News / Lusa

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