Novo chefe das forças armadas ucranianas pede aperfeiçoamento para derrotar Rússia

O novo comandante-chefe das forças armadas ucranianas, Oleksandr Syrsky, apelou hoje para o aperfeiçoamento das forças da Ucrânia para ganhar a guerra com a Rússia, na primeira mensagem pública desde que foi nomeado.

Novo chefe das forças armadas ucranianas pede aperfeiçoamento para derrotar Rússia

“Só mudando e aperfeiçoando continuamente os meios e os métodos de guerra é que seremos bem-sucedidos”, escreveu nas redes sociais, antes de proclamar “juntos para a vitória!”.

Syrsky, que substituiu o general Valery Zaluzhny na chefia das forças armadas na quinta-feira, disse que “novas tarefas estão na ordem do dia”, segundo a agência francesa AFP.

“É preciso planear de forma clara e detalhada as ações de todos os corpos (…) tendo em conta as necessidades da linha da frente em termos de armas mais recentes fornecidas pelos parceiros internacionais”, afirmou.

O exército tem falta de munições, enquanto a ajuda militar ocidental foi consideravelmente reduzida desde o fracasso da contraofensiva ucraniana no verão de 2023.

“A distribuição e entrega rápida e racional de tudo o que é necessário às unidades de combate tem sido e continua a ser a principal tarefa da logística militar”, afirmou Syrsky.

O general disse também ter como prioridade limitar a perda de vidas, depois de críticas de que não se preocupava suficientemente com as vidas dos que comandava.

“A vida e a saúde dos soldados sempre foram e continuam a ser o principal valor do exército ucraniano”, afirmou, prometendo dar melhor formação aos soldados das unidades de combate.

Syrsky foi nomeado comandante-chefe na quinta-feira, em substituição do muito popular general Zaluzhny.

A presidência ucraniana considerou que era necessária uma mudança após dois anos de guerra, quando a frente parece estar congelada e o exército está sob pressão, com falta de efetivos e munições.

Zaluzhny foi condecorado hoje com a ordem dos Heróis da Ucrânia pelo Presidente Volodymyr Zelensky.

A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

A Ucrânia tem recebido ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, mas tem-se queixado do atraso nas entregas e criticado as hesitações de alguns países.

O Senado norte-americano bloqueou na quarta-feira uma ajuda de 60 mil milhões de dólares (cerca de 56,6 mil milhões de euros, ao câmbio atual) em assistência militar a Kiev.

A União Europeia (UE) chegou recentemente a acordo sobre um pacote de ajuda à Ucrânia de 50 mil milhões de euros até 2027, depois de a Hungria ter levantado o seu veto.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, que vai ser recebido hoje pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, apelou na quinta-feira aos Estados Unidos e à UE para que “façam mais” pela Ucrânia.

“Temos de encontrar uma forma de fazer mais em conjunto”, disse Scholz à partida para Washington.

“Chegou o momento de (…) dar à Ucrânia a oportunidade de se defender e (…) enviar um sinal claro ao Presidente russo [Vladimir Putin] de que não deve contar com a diminuição do nosso apoio”, acrescentou.

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By Impala News / Lusa

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