Kenyatta reconduzido como Presidente do Quénia mesmo sem reconhecimento

Kenyatta é reconduzido para segundo mandato, apesar de os seus seguidores e da oposição recusarem reconhecê-lo como chefe de Estado.

Kenyatta reconduzido como Presidente do Quénia mesmo sem reconhecimento

Uhuru Kenyatta é esta terça-feira reconduzido para um segundo mandato como Presidente do Quénia, apesar de os seus seguidores e da oposição recusarem reconhecê-lo como chefe de Estado.

A cerimónia de posse de Uhuru Kenyatta, do partido TNA, para mais um mandato de cinco anos realiza-se após meses de polémica e recursos para a Justiça, período que sucedeu a eleições realizadas em agosto e repetidas em outubro, que a oposição considera não terem sido legítimas.

Há uma semana, o Supremo Tribunal validou a vitória de Kenyatta, descartando os recursos que tinham sido apresentados em contestação aos resultados eleitorais, entre os quais o da principal coligação da oposição, a Super Aliança Nacional (NASA, na sigla em inglês), liderado por Raila Odinga.

Nas segundas eleições, em 26 de outubro, Odinga retirou a candidatura e pediu que os eleitores boicotassem o sufrágio, o que provocou que a participação baixasse de 79,5% em agosto para 38,9%, com Kenyatta a registar uma vitória esmagadora, com mais de 98% dos votos.

Embora a NASA tenha anunciado um “movimento de resistência nacional” e “assembleias populares”, com as quais pretende pressionar o Executivo a convocar novas eleições com as exigidas garantias democráticas, Kenyatta tentou projetar uma imagem de normalidade.

O conflito poderá durar demasiado tempo, uma vez que boa parte dos bastiões opositores são zonas deprimidas do país, nas quais se vive com menos de dois dólares por dia (1,6 euros) e pelo boicote de várias empresas anunciadas pela NASA, não contribui para que a crise seja ultrapassada.

Odinga, de 72 anos, não quer desperdiçar a última oportunidade de cumprir o sonho de ser Presidente do Quénia e continua a reunir seguidores, levando-os a protestar contra Kenyatta em manifestações que já causaram dezenas de mortos, com a polícia a ignorar os pedidos de contenção formulados pelas associações de direitos humanos.

Na cerimónia de esta terça-feira de tomada de posse de Kenyatta, de 56 anos, é previsível que o líder da oposição ignore o convite para o estádio Kasarani de Nairobi, com capacidade para 60 mil pessoas. Vinte chefes de Estado foram convidados, a que se juntam mais de 1.600 “pessoas importantes”.

Quase 2,9 milhões de dólares (2,4 milhões de euros) é o custo estimado da cerimónia, na qual também toma posse como vice-presidente William Ruto.

 

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