Filho do Presidente do Brasil comemora vitória de Giorgia Meloni
O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente brasileiro, comemorou hoje a vitória da candidata Giorgia Meloni nas eleições italianas e afirmou que o Brasil continuará no mesmo caminho ideológico que a Itália, agora possivelmente governada pela extrema-direita.
“A nova primeira-ministro da Itália é Deus, pátria e família”, escreveu o deputado nas suas redes sociais, em alusão ao lema de Giorgia Meloni, que também foi adotado por Jair Bolsonaro, candidato à reeleição nas presidenciais do próximo domingo no Brasil.
O filho do Presidente brasileiro também criticou a cobertura dos ‘media’ no país e em grande parte do mundo, que destacou aquela que foi a primeira vitória nas urnas da extrema-direita italiana em quase oito décadas.
“Se fosse de esquerda, as manchetes eles diriam que ela é a primeira mulher a governar a Itália”, disse Eduardo Bolsonaro.
Ironicamente, o deputado brasileiro acrescentou que gostaria de ver “feministas, que sempre defendem todas as mulheres, parabenizando Giorgia Meloni por ser a primeira mulher eleita primeira-ministra da Itália”.
O Presidente Bolsonaro, alinhado às ideias de Meloni, ainda não se pronunciou sobre o resultado das eleições na Itália.
Jair Bolsonaro, visto como a maior referência da extrema-direita na América Latina, está focado na sua campanha para as eleições de domingo no Brasil, nas quais ambiciona a reeleição.
No entanto, de acordo com o que as sondagens de intenção de voto Bolsonaro terá uma batalha árdua contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato de uma ampla frente progressista.
A seis dias das eleições, as sondagens atribuem a Bolsonaro intenção de voto de 31%, ante 45% que Lula da Silva obteria, que mantém a possibilidade de ultrapassar 50% dos votos no domingo e ser eleito Presidente já na primeira volta do sufrágio.
A eleição presidencial no Brasil tem a primeira volta marcada para 02 de outubro e a segunda, caso seja necessária, para 30.
Às presidenciais brasileiras concorrem 11 candidatos: Jair Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes, Simone Tebet, Luís Felipe D’Ávila, Soraya Tronicke, Eymael, Padre Kelmon, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia.
De acordo com resultados parciais das legislativas italianas de domingo, a coligação de direita e extrema-direita – liderada pelo Irmãos de Itália e que reúne ainda a Liga, de Matteo Salvini, e o partido conservador Força Itália, de Silvio Berlusconi – obteve cerca de 43% dos votos.
O bloco de centro-esquerda, liderado pelo Partido Democrático, de Enrico Letta, deverá ter 26% dos votos.
O partido Irmãos de Itália, liderado por Giorgia Meloni, foi fundado em 2012 e tem raízes no Movimento Social Italiano (MSI), fundado pelos seguidores do ditador fascista Benito Mussolini.
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