Israel “retomou combates” na Faixa de Gaza até libertação de reféns — ministro

O ministro da Defesa de Israel anunciou que o país “retomou os combates” na Faixa de Gaza até que todos os reféns ainda retidos pelo movimento islamita palestiniano Hamas sejam libertados

Israel

Num comunicado, o ministro Israel Katz disse que “as portas do inferno se abrirão em Gaza” se os reféns não forem libertados.

“Não pararemos de lutar até que todos os nossos reféns estejam em casa e tenhamos alcançado todos os objetivos da guerra”, acrescentou.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse que, pelo menos, 44 pessoas morreram hoje devido a uma nova onda de ataques aéreos na Faixa de Gaza.

O Hamas avisou que os novos ataques de Israel em Gaza violam o cessar-fogo e colocam em risco o destino dos reféns.

Israel disse que estava a atacar alvos da liderança civil e militar do Hamas, no maior ataque contra o território desde que um cessar-fogo entrou em vigor, em janeiro.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que ordenou os ataques devido à falta de progressos nas negociações em curso para prolongar o cessar-fogo.

“Isto aconteceu depois de o Hamas se ter recusado repetidamente a libertar os nossos reféns e ter rejeitado todas as ofertas que recebeu do enviado presidencial dos EUA, Steve Witkoff, e dos mediadores”, afirmou o gabinete de Netanyahu.

“Atualmente, as IDF [sigla em inglês das Forças de Defesa de Israel] estão a atacar alvos da organização terrorista Hamas em toda a Faixa de Gaza para atingir os objetivos da guerra, tal como determinado pela liderança política, incluindo a libertação de todos os nossos reféns, vivos e mortos”, referiu o comunicado.

“A partir de agora, Israel vai agir contra o Hamas com uma força militar cada vez maior”, acrescentou o comunicado, acrescentando que o “plano operacional” para regressar à guerra “foi apresentado no último fim de semana pelas IDF e aprovado pela liderança política”.

Taher Nunu, um dirigente do Hamas, criticou os ataques israelitas. “A comunidade internacional enfrenta um teste moral: ou permite o regresso dos crimes cometidos pelo exército de ocupação ou impõe o compromisso de pôr fim à agressão e à guerra contra pessoas inocentes em Gaza”.

Em Gaza, ouviram-se explosões em vários locais e ambulâncias estavam a chegar ao Hospital Al Aqsa, no centro de Gaza.

Os ataques ocorreram dois meses após ter sido alcançado um cessar-fogo para interromper a guerra. Ao longo de seis semanas, o Hamas libertou cerca de três dezenas de reféns em troca de quase dois mil prisioneiros palestinianos.

Mas desde que a primeira fase do cessar-fogo terminou, há duas semanas, as partes não conseguiram chegar a acordo sobre uma forma de avançar com uma segunda fase, que visa libertar os quase 60 reféns que restam e acabar com a guerra.

Netanyahu ameaçou repetidamente retomar a guerra e, no início deste mês, cortou a entrada de todos os alimentos e entregas de ajuda em Gaza.

VQ (JSD) // APL

By Impala News / Lusa

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