Irão diz que EUA “não têm direito de ditar” política externa do país persa
O chefe da diplomacia iraniana afirmou que os Estados Unidos “não têm direito de ditar” a política externa do Irão, após o líder norte-americano ter ordenado a Teerão que cessasse o apoio aos Huthis no Iémen.

“O Governo norte-americano não tem autoridade nem direito de ditar a política externa do Irão”, escreveu Abbas Araghchi na rede social X, apelando ao “fim da matança do povo iemenita”.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse que ordenou no sábado ataques aéreos à capital do Iémen, Sanaa, e prometeu usar uma “força letal esmagadora” até que os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, deixem de atacar navios num corredor marítimo vital.
“Os nossos corajosos combatentes estão neste momento a levar a cabo ataques aéreos contra as bases, os líderes e as defesas antimísseis dos terroristas para proteger a navegação, os meios aéreos e navais americanos e para restaurar a liberdade de navegação”, afirmou Donald Trump numa publicação nas redes sociais.
“Nenhuma força terrorista impedirá as embarcações comerciais e navais americanas de navegarem livremente pelas vias navegáveis do mundo”, frisou.
Foi nesta publicação que Trump advertiu o Irão para deixar de apoiar o grupo rebelde do Iémen, prometendo responsabilizar totalmente o país pelas ações do seu representante.
Os Huthis relataram uma série de explosões no seu território hoje à noite. As imagens que circulam na Internet mostram nuvens de fumo negro sobre a zona do complexo aeroportuário de Sanaa, que inclui uma vasta instalação militar. A extensão dos danos ainda não é clara.
Os ataques aéreos ocorrem alguns dias depois de os Huthis terem dito que iriam retomar os ataques a navios israelitas que navegam nas águas ao largo do Iémen, em resposta ao bloqueio de Israel a Gaza. Desde então, não se registaram ataques dos Huthis.
Os Estados Unidos, Israel e a Grã-Bretanha já tinham atingido anteriormente áreas controladas pelos Huthis no Iémen. As forças armadas de Israel não quiseram comentar os ataques de hoje, segundo a agência de notícias Associated Press.
“Estes ataques implacáveis custaram aos EUA e à economia mundial muitos biliões de dólares [mil milhões de euros] e, ao mesmo tempo, puseram em risco vidas inocentes”, concluiu Trump.
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By Impala News / Lusa
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