Índia anuncia morte de dois rebeldes um dia após ataque que matou 28 em Caxemira

O exército indiano disse “ter eliminado dois terroristas” num tiroteio na Caxemira administrada pela Índia, um dia depois de um atentado contra civis ter provocado pelo menos 28 mortos.

Índia anuncia morte de dois rebeldes um dia após ataque que matou 28 em Caxemira

Uma unidade do exército indiano, o Chinar Corps, relatou uma “intensa troca de tiros” com homens armados, dizendo que suspeitava que estes tinham “tentado uma infiltração” em Baramulla, cerca de 100 quilómetros a nordeste de Pahalgam, onde ocorreu o atentado.

O exército declarou, além disso, que apreendeu grandes quantidades de armas e munições.

Desde a divisão em 1947, a Índia e o Paquistão disputam a soberania de Caxemira, de maioria muçulmana.

Na parte indiana, uma rebelião separatista causou dezenas de milhares de vítimas desde 1989. Nova Deli enviou para o local um contingente de cerca de 500 mil soldados.

As forças indianas lançaram uma caça maciça após o ataque a tiro de terça-feira contra um grupo de turistas em Pahalgam, destino turístico popular a cerca de 90 quilómetros da cidade de Srinagar.

Foi o ataque mais mortífero contra civis num quarto de século. Pelo menos 28 turistas morreram e “muitos outros foram feridos”, de acordo com o jornal The Times of India.

Os combates diminuíram desde que o Governo nacionalista hindu do primeiro-ministro, Narendra Modi, revogou a autonomia limitada do território em 2019.

Entretanto, Modi interrompeu a visita à Arábia Saudita e voltou hoje a Nova Deli. Após a chegada à capital indiana, realizou uma reunião de alto nível no aeroporto para discutir a situação, de acordo com imagens do Governo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, condenaram na terça-feira o atentado.

“As minhas mais profundas condolências a Narendra Modi e cada coração indiano que sofre hoje”, pode ler-se, numa nota na rede social X de Ursula von der Leyen.

Kaja Kallas condenou “o hediondo ataque terrorista” que “ceifou muitas vidas inocentes”. “A UE mantém-se firme contra o terrorismo”, pode ler-se, na publicação na mesma rede social.

Também o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente o atentado, referindo que “os ataques contra civis são inaceitáveis em quaisquer circunstâncias”.

Já o Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou que os Estados Unidos estão “firmemente ao lado da Índia contra o terrorismo”.

“O primeiro-ministro [Narendra] Modi e o grande povo da Índia têm o nosso total apoio e as nossas profundas condolências”, escreveu Trump na rede social Truth Social.

CAD (DMC/ANC) // SB

By Impala News / Lusa

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