Impostos pagos pelos casinos moçambicanos sobem 14,6% e chegam a 3,2 ME até junho
O encaixe com os impostos pagos pelos casinos em Moçambique aumentou 14,6% nos primeiros seis meses do ano, em termos homólogos, para 226 milhões de meticais (3,2 milhões de euros), mas abaixo das previsões, segundo dados oficiais.
Segundo dados compilados hoje pela Lusa a partir do balanço económico e social da execução do Orçamento do Estado do primeiro semestre, a cobrança deste Imposto Especial sobre o Jogo compara com os 197,3 milhões de meticais (2,8 milhões de euros) arrecadados de janeiro a junho de 2023.
Apesar do crescimento no primeiro semestre, em termos homólogos, trata-se apenas de 18,3% de todas as receitas que o Governo estima arrecadar com este imposto no ano de 2024, avaliadas em quase 1.235 milhões de meticais (17,3 milhões de euros).
Os impostos pagos pelos casinos em Moçambique no primeiro semestre representaram apenas 0,1% de todas as receitas do Estado moçambicano, segundo o mesmo relatório.
Cinco concessões de casinos em Moçambique geraram investimentos de 36 milhões de dólares (32,3 milhões de euros), anunciou em 08 de agosto, no parlamento, o Presidente da República, Filipe Nyusi.
Estes “empreendimentos movidos pelo setor privado” e que o Governo encorajou, “resultaram num investimento de pouco mais de 36 milhões de dólares”, avançou Nyusi, na abertura da 10.ª edição da Fikani, Feira Internacional do Turismo de Moçambique.
O chefe de Estado detalhou, na mesma ocasião, que se trata de “investimentos de realce na cadeia do turismo”, casos das concessões de casinos e sala de máquinas em Maputo, Beira, Tete, Nampula, Matola e Pemba.
De acordo com informação da Direção Nacional de Jogos de Fortuna ou Azar de Moçambique a atribuição de concessões para casinos no país obriga a um capital social da sociedade comercial da concessionária nunca inferior ao equivalente a quase 2,7 milhões de dólares (2,5 milhões de euros) e a um investimento, em até cinco anos, de pelo menos 5,5 milhões de dólares (5,05 milhões de euros).
Pela efetiva exploração dos jogos de fortuna ou azar, as concessionárias têm de pagar ao Estado moçambicano o Imposto Especial sobre o Jogo, incidente sobre as receitas brutas do jogo, de 20% nas concessões até 14 anos, 25% em concessões até 19 anos, 30% para concessões de 20 a 24 anos e 35% para concessões de 25 a 30 anos.
“As concessionárias devem ainda pagar o Imposto de Selo, correspondente a 50% do preço dos bilhetes de entrada nos casinos”, estabelece a Direção Nacional de Jogos de Fortuna ou Azar, embora acrescentando que estas “estão isentas do pagamento dos demais impostos que incidam sobre os lucros de exploração do jogo”, bem como de direitos de importação sobre os bens de equipamento e materiais importados destinados exclusivamente à exploração do casino.
O encaixe com os impostos pagos pelos casinos em Moçambique tinha crescido 21,9% em 2023, face ao ano anterior, para 371,1 milhões de meticais (5,3 milhões de euros), segundo dados do Ministério da Economia e Finanças noticiados anteriormente pela Lusa.
A cobrança do Imposto Especial sobre o Jogo em 12 meses do ano passado compara com os 304,4 milhões de meticais (4,4 milhões de euros) em 2022.
PVJ // JMC
By Impala News / Lusa
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